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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ROMÁRIO - Entrevista!!!

ENTREVISTA - ROMÁRIO.
- "Good boys não resolvem".
- O ex-jogador critica a Lei Pelé e promete trabalhar para tentar criar novas propostas e erradicar suas falhas.

Recém-eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro, Romário fala sobre os desafios de sua nova profissão, para a qual confessa ainda não estar preparado, e diz que é fã do estilo "marrento" de Neymar.

Você já procurou se aprofundar sobre o papel desempenhado por um parlamentar?
- Um deputado federal tem seus deveres e obrigações e, com certeza, uma delas é fiscalizar, outra delas é legislar e, se você me perguntasse hoje se eu estou preparado para isso, eu diria: preparado não, mas eu estou me preparando. E irei procurar me acompanhar de profissionais competentes e honestos para cumprir com os meus objetivos.

Como você pretende utilizar a Copa 2014 e as Olimpíadas do Rio como pontos de partida para projetos voltados para os jovens?
- A gente tem que aproveitar este momento e passar para estes jovens e crianças que a oportunidade que eu tive eles também poderão ter. O meu objetivo é fazer vilas olímpicas, centros poliesportivos dentro das comunidades ou próximo a elas, centros de tratamento para as crianças com necessidades especiais... enfim, estou com vários projetos na cabeça.

O que você pode trazer de positivo para ser discutido sobre a Lei Pelé, que desde sua criação sempre teve como característica a complexidade de inúmeras emendas que já sofreu?
- Existem algumas coisas que são falhas na Lei Pelé, como em quase todas as leis do nosso país, e tentarei rever e consertar estas falhas. Hoje o clube é um dos mais prejudicados pela Lei Pelé. Hoje, o atleta faz sua base, o clube tem gastos com ele por quase sete anos, abre as portas para ele jogar e, se o atleta chegar aos 16 anos e não tiver um contrato com ele, vai embora. E tudo aquilo que o clube fez é deixado para trás. Isto, é uma das falhas dessa lei.

Ser jogador de futebol famoso e rico, hoje em dia, na sua opinião, é mais fácil do que na época em que você começou?
- É. Hoje em dia, o jogador de futebol ganha muito mais do que na época em que comecei. E é isso mesmo, as coisas mudam e, com certeza, daqui a alguns anos as coisas vão mudar para mais. Eu, particularmente, não tenho nada do que reclamar, tive a minha fase, aproveitei bastante e eu espero que estes jogadores de hoje saibam ganhar dinheiro e que, também, possam representar bem a Seleção, que na minha opinião é o que mais vale na carreira.

Aqui, tivemos o caso de um jogador que estourou no início da década como grande revelação, o Clodoaldo. Inclusive, muitos comparavam o estilo dele com o seu. Só que ele não conseguiu vingar nacionalmente porque não soube lidar com a fama repentina. Você, de alguma forma, se preparou para ser famoso?
- Não. As coisas foram acontecendo na minha vida quando tinham de acontecer. E a gente é que escolhe os caminhos bons ou ruins. Resolvi escolher o caminho bom e positivo, mesmo com todas as dificuldades que tive. Meus pais sempre me ensinaram a ter uma boa índole. Então, acho que a preparação de cada um vem da família e não quero dizer com isto que as famílias de muitos que não conseguiram vingar são as culpadas.

Quando surgiu, exatamente, a ideia de virar político?
- Enquanto jogava, nunca pensei em ingressar na vida política. Isso aconteceu no ano passado, quando tive uma reunião com o presidente regional do PSB (Partido Socialista Brasileiro) do Rio de Janeiro, Alexandre Cardoso. A gente conversou algumas coisas, na verdade, tivemos umas quatro ou cinco reuniões, até eu decidir. Essa transição de ex-jogador e ídolo para político foi uma coisa totalmente diferente, não tinha a menor ideia de como as pessoas iriam reagir, mas, foram quase 150 mil votos e fiquei muito feliz.

Você pensa em ocupar algum cargo no Executivo no futuro?
- É muito cedo. Fui eleito para o cargo de deputado federal e pretendo exercer, no mínimo, esses quatro anos de mandato. Claro que um cargo no Executivo, para um cara como eu, que sempre fui de fazer e executar, me daria muito mais oportunidades de realizar, mas como deputado, tenho certeza de que conseguirei fazer o que projetei.

Como você conseguiu ter uma carreira tão longa, sendo, como todos sabem, um cara da noite?
- Continuo gostando muito da noite, mas talvez a minha diferença para muitos é a de que nunca bebi, não fumei e nunca usei nenhum tipo de droga. A minha noite era mesmo para ouvir a minha música, para dançar e sair com os amigos. Infelizmente, muitos não curtem como eu curtia e como ainda curto, embora um pouco menos que antes, e talvez essa tenha sido a diferença.

O Neymar tem tido um início de carreira marcado pela sua genialidade e algumas polêmicas. Qual a sua opinião sobre ele?
- Particularmente, sou fã do Neymar por ele ser polêmico e bom jogador. O Brasil precisa de jogadores assim. E chega de bonzinhos que não resolvem p... nenhuma. Talvez eu tenha sido um dos últimos polêmicos que apareceram no Brasil e estes "good boys" não resolvem. Se o Neymar for polêmico e resolver, principalmente na Seleção, para mim é muito bem aceito.

Você vê algum tipo de semelhança entre ele e você?
- Não tem semelhança nenhuma. Já tive a mesma idade dele e arrumei alguns problemas, pelo fato de ser jovem e não ter experiência, mas tudo isso faz parte da vida de um jogador. Daqui a pouco vai passar.

Até que ponto você pode servir de referência para seu filho Romarinho?
- O Romarinho sabe que ele vai ter pela frente algumas dificuldades por conta de ser meu filho. Ele já tem 17 anos, já entende muito bem das coisas, está seguindo a carreira de futebol no juvenil do Vasco e acredito que ele possa vir a ser respeitado. É inevitável, sempre irão comparar. Mas, acredito muito nele, principalmente, porque ele tem muita força de vontade, sabe jogar futebol.

Qual era a melhor dupla: Stoichkov e Romário; Bebeto e Romário ou Romário e Ronaldo?
- Tive o privilégio de fazer parte destas grandes duplas. Mas para mim, a que mais marcou foi a que fiz com o Bebeto. Vestimos por muito tempo a camisa da Seleção, ganhamos todos os títulos que disputamos.

Você se arrepende de ter jogado no futebol brasileiro, apenas no Rio de Janeiro?
- Não. Não tive nenhum tipo de prejuízo. Sou Rio até no nome: Romário. Sempre respeitei os outros Estados e clubes, mas não me arrependo de ter atuado em quatro (Flamengo, Vasco, Fluminense e América) dos cinco grandes clubes cariocas.

Qual sua relação com o Estado do Ceará? Você ainda costuma passar férias aqui?
- Sempre gostei de Fortaleza. Sempre nos finais de temporada, quando ainda jogava, eu pegava minha esposa e meus filhos e vinha para cá. Me sinto bem a vontade aqui.

Você tem ou teve algum projeto voltado para o Ceará?
- Já tive convites para vir trabalhar com o futebol aqui do Ceará depois que eu parei. Mas, a gente acabou não acertando e fiquei pelo Rio mesmo. Na política, como deputado federal, dentro do que um parlamentar pode fazer pelo Brasil, eu sempre irei trabalhar em prol do Nordeste. O Nordeste é sempre uma região do nosso País que a gente tem sempre muito carinho e respeito. E o que seria o Brasil sem o Nordeste? Na minha opinião nada.

ÍKARA RODRIGUES
REPÓRTER

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