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terça-feira, 26 de abril de 2011

O CHANCELER "EDSON QUEIROZ"!!!

EDSON QUEIROZ edificou no Estado um conglomerado de empresas

Ainda nos anos 70, o empresário consolidou um antigo projeto: a criação de uma entidade que desse uma contribuição educacional ao Estado - estava lançada a semente da Fundação Edson Queiroz. Em 17 de abril de 1971, o Conselho Curador da Fundação anuncia o projeto de construção da Universidade de Fortaleza (Unifor)

Vinte anos se passaram desde o trágico acidente aéreo, que culminou com a morte precoce do chanceler Edson Queiroz. Seu imensurável legado, no entanto, permanece vivo, sólido. Nesta data, o “Diário do Nordeste” relembra a memória do grande empreendedor cearense, um homem à frente de seu tempo. Empresário de sucesso, o grupo, que hoje leva seu nome, administra 15 empresas, além da Fundação Edson Queiroz, empregando cerca de 14 mil funcionários em todo o País - um patrimônio admirável, que contribuiu significativamente para o engrandecimento econômico do Estado.

Ano é 1982. Preci-samente, 8 de junho, uma data triste, lamentável, inesquecível. De madrugada, o boeing 727 da Vasp de prefixo PP-SRK, que sobrevoava o interior do Estado prestes a completar o trajeto São Paulo-Fortaleza, chocou-se na Serra da Aratanha, provocando a morte imediata dos 135 passageiros a bordo, no pior acidente da história da aviação brasileira até então.

Entre as vítimas do acidente, constava o nome do chanceler Edson Queiroz, empreendedor de talento, personalidade de grande carisma e um dos mais ilustres brasileiros do século XX. Com intensa repercussão na mídia nacional, o infortúnio provocou comoção e pesar em todo o Estado.

Um homem à frente do seu tempo. Assim pode ser resumida a trajetória de Edson Queiroz, empresário cujo ímpeto empreendedor incansável foi sempre pontuado por grandes feitos. Fundou um conglomerado de empresas que deram ao Ceará uma nova configuração econômica, através da geração de milhares de empregos. Teve uma vida curta, mas deixou um legado de valor imensurável.

O talento para as finanças tem origem congênita: nascido em Cascavel, em 12 de abril de 1925, o pequeno Edson herdou do pai, Genésio Queiroz, a habilidade e a inteligência para os negócios. Habilidade revelada ainda na infância, aos oitos anos, quando o garoto decide improvisar o seu próprio comércio: monta uma banca, onde comercializa alfinetes, agulhas, fivelas e broches.

Poucas pessoas sabem, mas o empresário quase enveredou pela carreira religiosa na juventude. Ao concluir o primário, a mãe, dona Cordélia, solicitou a sua transferência para o Seminário Arquidiocesano da Prainha. Percebendo que o jovem não era vocacionado ao sacerdócio, o reitor da instituição intervém de forma contrária. Aos 15 anos, o adolescente segue para o Liceu do Ceará, colégio de referência na época, onde conclui o Ginásio.

O pai, então proprietário de um armazém de estivas na Rua Conde d'Eu, percebendo o interesse do filho pelos negócios, o nomeia gerente de sua empresa. Esbanjando competência e eficiência, em dois anos o jovem se torna sócio da Genésio Queiroz & Cia. Aos 20 anos e numa condição financeira excepcional para a sua idade, o promissor empresário conhece, em fevereiro de 1945, dona Yolanda Pontes Vidal. Em setembro do mesmo ano, os dois se casariam na Igreja do Carmo - o casal teve seis filhos.

Seu primeiro negócio independente e estável data de 1949. Erguido ao lado da Praça do Ferreira, o “Abrigo Central” se tornou um marco na história de Fortaleza: durante anos, o lugar foi um importante centro comercial, precursor dos modernos shopping centers, e um badalado ponto de encontro dos moradores e artistas da Capital. Na década seguinte, o visionário empreendedor decide trilhar novos caminhos. Funda em 1951, a Norte Gás Butano (hoje, com a denominação de Nacional Gás Butano) e, oito anos depois, inaugura em Fortaleza o Terminal Ernesto Igel, o primeiro terminal oceânico do Nordeste.

Ainda nesta década, direciona seus investimentos para um setor em ampla expansão, as comunicações, ao adquirir o controle acionário da Rádio Verdes Mares. Sob a conduta precisa do empresário, a pequena estação atinge grande popularidade. Os anos 60 presenciaram ainda a concretização de novos projetos idealizados por Edson Queiroz. Em 1963, funda a Tecnorte e a Esmaltec, gigantes cearenses da metalurgia. Dois anos depois, o empresário refaz o percurso à sua cidade natal ao inaugurar a Cascavel Castanha de Caju (Cascaju), indústria de grande porte que contribuiu sensivelmente para revigorar a economia do município.

Em 1970, Edson abraça novos sonhos e projetos com a instalação da TV Verdes Mares. A agilidade do empreendimento surpreendeu os cearenses, admirados com a rápida construção e elevação da torre transmissora. Após funcionar em caráter experimental, a emissora é oficialmente inaugurada. “Levamos ao ar, com esta emissora de televisão, o desejo ardente de projetar ainda mais o Ceará e o Nordeste”, disse no discurso inaugural.

Ainda nos anos 70, o empresário consolidou um antigo projeto: a criação de uma entidade que desse uma contribuição educacional ao Estado - estava lançada a semente da Fundação Edson Queiroz. Em 17 de abril de 1971, o Conselho Curador da Fundação anuncia o projeto de construção da Universidade de Fortaleza (Unifor). Seis meses depois, é assentada a pedra monumental do Campus, e, em março de 1973, as primeiras turmas assistem à aula inaugural, proferida pelo então ministro da Economia, Jarbas Passarinho. Edson, por sua vez, foi alçado à condição de chanceler da Unifor.

A década seguinte presenciou o último grande investimento do empresário: a implantação do jornal “Diário do Nordeste”, cuja primeira edição circula em 19 de dezembro de 1981. Implantado com tecnologia moderna, o jornal rapidamente se tornou o periódico de maior circulação no Estado e referência na região.

“Durante os 37 anos que compartilhamos, Edson jamais se deixou abater. Foi uma vida de dedicação e entusiasmo. Amou o Nordeste, o Ceará e o Brasil, assim como seus filhos e amigos. Infelizmente sua vida foi curta para a medida de seus projetos, mas foi sempre generosa em ações”, ressaltou dona Yolanda Queiroz, no prefácio do livro “Edson Queiroz - Um Homem e seu Tempo”.

Passados 20 anos da tragédia que findou de forma precoce a trajetória de Edson Queiroz, o Ceará continua a colher os frutos de seu memorável legado e a lhe render homenagens. O exemplo de dignidade concedido pelo notável empreendedor é melhor assimilado em sua célebre frase que ilustra todos os dias a página de opinião do Diário do Nordeste: “Se algum dia vocês forem surpreendidos pela injustiça ou pela ingratidão, não deixem de crer na vida, de engrandecê-la pela decência, de construí-la pelo trabalho”.

© COPYRIGHT 1998 Diário do Nordeste.

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