BONS E RUINS!!!

BONS E RUINS!!!

Bons e ruins!

- Roberto Carlos (Foto): excelência aos 37 anos

ESTADUAIS

Começaram muitos estaduais. Continuam longos, jogados em vários gramados e estádios ruins e com excesso de times. Muitos são amadores. Iniciam também cedo, para atender aos interesses do calendário e das TV’s. Os jogadores deveriam ter 30 dias de férias e, no mínimo, mais 21 para treinar antes de jogar.

Os clubes contrataram muito e se reforçaram pouco. Em vez de tantos jogadores medianos, só para compor o elenco, seria melhor contratar uns dois bons reforços. Justificar tantas contratações com a alegação de que os jogadores não podem jogar nas quartas e nos domingos é muito mais um hábito, uma frescura, do que uma necessidade.

Os recém contratados adoram dizer: “Cheguei para somar”. Alguns chegam para subtrair. Quando jogam, atrapalham. O Santos trouxe dois bons reforços. Elano, sem ser excepcional, tem grandes chances de ser destaque no Brasil. Jonathan é um bom lateral.

Os times dirigidos por Adilson Batista, um técnico estudioso e inovador, são ofensivos e brilhantes. No entanto, Adilson precisa decifrar o enigma de jogar com dois laterais avançados, dois zagueiros e volantes marcando no meio-campo, sem fragilizar a defesa. Há muitos espaços nas costas dos laterais. Os zagueiros e volantes saem na cobertura e chegam atrasados. Cruzeiro e Corinthians, dirigidos por Adilson, sofreram muitos gols dessa forma.

No esquema com dois zagueiros, lateral tem de marcar na linha dos zagueiros, e não na linha dos volantes. Ala e lateral são diferentes. Ala é um armador ofensivo pelo lado, que também defende. Lateral é um defensor, que também ataca. Todos os laterais deveriam ir a campo para ver Roberto Carlos, com 37 anos, jogar e se posicionar. Ele faz a cobertura dos zagueiros e, no momento certo, avança.

Corinthians e Cruzeiro perderam titulares importantes (William e Elias no Corinthians, e Jonathan, no Cruzeiro) e não contrataram nenhum jogador especial. Estão piores. O Corinthians continua sem centroavante. Ronaldo joga pouco e mal, na maioria das vezes. De vez em quando, faz uma linda jogada e é super elogiado. Os dirigentes perceberam o problema e correm atrás de Luís Fabiano.

Os estaduais são bons e ruins. Servem para estimular a rivalidade local, para os times se entrosarem, para os torcedores das cidades com times pequenos verem os grandes, para alguns veteranos enganarem que estão muito bem e para torcedores se iludirem com suas equipes.

Férias maiores
Os jogadores deveriam ter 30 dias de férias e, no mínimo, mais 21 para treinar antes de jogar

Fracos estaduais
Servem para estimular a rivalidade local, para os times se entrosarem e para alguns veteranos enganarem que estão muito bem

Adilson Batista
O técnico precisa decifrar o enigma de jogar com dois laterais avançados, dois zagueiros e volantes marcando no meio-campo, sem fragilizar a defesa