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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ALAN NETO: "FAÇO MINHA COLUNA COM BORRIFADAS DE SAL, PIMENTA E MUITA PÓLVORA"!!!

   Alan Neto: "Faço minha coluna com borrifadas de sal, pimenta e muita pólvora"


Alan Neto em seu programa na TV O Povo (Foto: Divulgação)

A entrevista desta semana é sem dúvida alguma com um dos nomes mais importantes da história da imprensa cearense. Ele nasceu Manoel Simplício de Barros Neto, depois acrescentou o Alan e virou um dos grandes ícones do jornalismo. Alan Neto não nega a veia polêmica, ao afirmar que faz uma coluna borrifada de sal, pimenta e pólvora, é a favor das torcidas organizadas, diz que votaria em Cid Gomes para governador se fosse novamente candidato, confessa que tem um dom para criar personagens, como o homem mau, e reconhece que foi pego de surpresa ao ser demitido da TV Jangadeiro.
Seu programa era chamado de “Superlativo”. Agora, é Trem Bala. Por que?
Por causa da dinâmica que o Trem Bala dá e o Superlativo não dava. O Superlativo tinha um formato de programa. Era muita conversa. Eu criei a figura histriônica que era o Zé Gadelha, que fazia o papel do Zé Trator. Ele era muito mais lento, muito mais comentário. Então, quando eu vim para a Rádio O Povo, eu queria algo diferente. Eu queria uma coisa bem rápida, bem movimentada. E resolvi criar o Trem Bala, que tem como crônica maior a dinâmica de um programa, que a gente imprime e que atrai muito mais ouvintes e deu certo essa fórmula.

Seu nome de registro não era Alan Neto?
Meu nome de registro era Manoel Simplício de Barros Neto. Eu acoplei o Alan, em uma determinada ocasião, com registro em cartório, para Manoel Simplício Alan de Barros Neto para que eu pudesse usar oficialmente, mas meu nome não tinha Alan. O meu nome é uma homenagem ao meu avô. Foi ele quem me criou até os oito anos de idade.

Você está fazendo sucesso na Televisão. Seu programa é o de maior audiência da TV O Povo? O que é melhor de se fazer rádio ou TV?
Eu digo muito: Se me colocassem num canto da parede para decidir entre o rádio, a televisão e o jornal, eu escolheria o rádio, que é minha origem, é minha raiz. Eu acho o rádio simplesmente encantador. A partir do momento de que você não sabe quem está falando, o ouvinte te projeta de uma forma inteiramente diferenciada, ele te traça um perfil, uma fantasia do que você é. E isso é o que eu acho encantador no rádio.

Você fez parte da criação do Jangadeiro Esporte Clube. Sua saída da Janga foi só por causa do projeto na TV O Povo ou teve outra coisa?
No primeiro momento, eu já estava há bem uns cinco anos lá. E chegou um superintendente que se achava que entendia tudo, mas na verdade ele não entendia nada. Tanto que ele demorou muito pouco. Ele achava que esporte nem dava retorno financeiro e nem audiência. Aí, ele chamou toda a equipe do programa, talvez deve ter convencido o escalão superior da emissora, pra dizer que o programa não dava retorno financeiro. Como se coubesse a nós a comercialização do programa. Só que era um dos programas de maior audiência na Jangadeiro. Então, ele resolveu extinguir toda a equipe. Simplesmente extinguiu. Botou sete para fora. Eu digo. Eu não pedi para sair. Eu saí na leva, que foi colocada para fora. Agora, a TV Jangadeiro não me deve absolutamente nada. Pelo contrário, eu é que devo a TV Jangadeiro pela projeção que eu tive lá. Um bom tempo depois, uns dois anos, quando o Chagas Vieira assumiu. A primeira coisa que ele fez, junto com o Diretor Nilo Sérgio, foi fazer uma pesquisa para saber o que estava faltando na programação. E 85% responderam que faltava um programa esportivo, faltava o Jangadeiro Esporte Clube, faltava o Alan Neto. E ele mandou me chamar imediatamente. Perguntou se eu tinha alguma mágoa, alguma coisa assim, eu disse que não tinha mágoa nenhuma. Perguntou se eu topava voltar e fazer novamente o programa, eu disse que topava. Eu perguntei se era com toda a equipe de novo. Ele disse que não. Que iria dar um novo design, uma nova moldura ao programa, e eu fiquei por dois anos. Foi quando surgiu o convite da TV O Povo.

E você aceitou na hora?
O convite era para fazer o que eu queria na televisão. Eu não tive oportunidade na Jangadeiro de ser âncora. Quem apresentava era a Fabiane (Kaczan). Ela levantava a bola e eu entrava como analista. Eu nunca fui analista em nada. Eu sempre fui âncora. Eu queria que eles me dessem todo o tempo pra eu fazer o que faço hoje na TV O Povo. Eu até sugeri, mas eles acharam que só um falando não seria bom, que tinha de ter um contraponto de uma mulher bonita... Enfim. Entendi perfeitamente e não discuti já que me pagavam o que eu queria. E queriam que eu fizesse aquilo, então fiz numa boa.

E como foi a idéia de criar o Trem Bala pra TV e claro esse personagem do Evaristo Nogueira o Homem Mau?
Acho que Deus me deu esse dom de criar personagem. Quando eu estava no Superlativo, eu criei no Zé Gadelha, o Zé Trator. O Gadelha, que hoje está no rádio em Canindé, era forte, não gordo, era tipo um soldado romano, forte, e ele era um pessoa bruta. Ele analisava e comentava de forma bruta, e eu criei o codinome de trator. Eu lia uma notícia e dizia: passa por cima trator. Por exemplo, ele dizia: tem de soltar uma bomba atômica na Federação com Josenéas Barroso e tudo por lá. Era assim, um personagem. Quando fui convidado pelo Dummar Neto para a TV O Povo, primeiramente, ele me deu carta branca, e depois me perguntou se eu queria trabalhar com a equipe do Timão do Povo. Ele disse que queria interagir e dar mais visibilidade ao Timão do Povo e perguntou se eu tinha alguma coisa contra. Eu disse que pra mim não tinha problema, pelo contrário, seria um prazer, o Sérgio Ponte é meu amigo e irmão e seria muito bom. Mas eu tinha que criar um personagem. E o Vavá, se você prestar atenção, ele fala de rompante, ele nunca fala normalmente. Se você ligar pra ele, ele vai atender parecendo que quer brigar. Aí, pensei, eu vou criar um personagem com o Vavá. Aí criei o Homem Mau. E o restante vai ter também seu estilo. O Sérgio é o algoz, para contra-balançar, com os dois, o programa tem a Daniela, e no começo tinha o Emmanuel Macedo, que era calmo e tranqüilo. Mas eu precisava de dois que batessem. Primeiramente, eu pensei no nome de Vilão. Mas aí, vilão, dava a ideia de novela, não gostei. E coloquei Homem Mau. E disse pra ele, esse é o seu personagem. Não alise o couro de ninguém. Se do outro lado a pessoas te responder, criticar e te rebater, você rebate também no mesmo tom.

E como está a repercussão disso?
Ele incorporou de uma maneira impressionante. Maravilhosa. O bater na mesa. Aquilo dele pegou. Ele é incontestavelmente o pop star do programa. Para você ter uma ideia, nas interações do programa, por email, twitter ou telefone, 70 a 80 por cento é para ele. É impressionante. É todo mundo batendo pra levar. Então, ele incorporou muito bem, até na briga com o Sérgio, por vezes é real.

Você trabalha na TV, na Rádio e no Jornal. Como é o seu dia a dia?
Eu digo muito para a Beth Deives (apelido da esposa). Eu só tenho tempo para ela no sábado, para nós fazermos as compras. É um costume muito antigo esse nosso de ir às compras no sábado. Ela entende demais. Veja só, eu acordo muito, muito cedo. Mas eu durmo muito tarde. Eu fico lendo até duas horas da manhã. Eu adoro ler. E acordo às seis e meia. E às oito e meia eu já estou indo para a televisão. Porque eu tenho de conferir. Lá tem o editor do programa que é o Eudes Brasil. Mas todas as matérias passam pelo meu crivo. Até porque, eu inovei de colocar matéria de um minuto e meio, em um minuto e meio. Que é para ter a dinâmica do rádio. Até porque a Rádio O Povo entra em cadeia e eu quero dar essa dinâmica do rádio. Então, eu vou lá para definir as matérias. Depois do programa, a gente escolhe algumas pautas, decidimos juntos e eu saio por volta de uma e meia da tarde. Eu vou almoçar lá pelas duas, duas e meia. Cochilo no máximo 40 minutos. Corro para a rádio, e dá rádio eu já venho para o jornal, que também é uma loucura fazer a coluna. E se Deus me dê forças eu vou até onde eu puder chegar. Mas isso tudo já virou um hábito.

Você disse que lê muito. O que você lê?
Eu adoro ler biografias. Leio muitas biografias. Eu gosto muito. Atualmente eu estou lendo a biografia do John Kennedy. Maravilhosa. Já li muitas outras. Eu adoro. A gente vê o outro lado da pessoa.

Você nunca fugiu do mote de ser polêmico. Quais os benefícios e os prejuízos de seguir essa linha?
Primeiro. o seguinte, Joel Silveira, maior repórter da história da imprensa brasileira, ele e Carlos Lacerda. Joel Silveira tinha uma frase que era genial: “No jornalismo existe o joio e existe o trigo. O joio é para o jornalismo polêmico é verdadeiro. O trigo é para assessor de imprensa e relações públicas. Então, ele seguia essa linha, era muito polêmico. Armando Nogueira também tinha uma frase genial. Ele dizia: “O jornalista para ser jornalista ele não precisa ter amigo, ele precisa ter fonte". Ou seja, que os amigos não misturassem a amizade com o profissional. E eu sempre achei que o que dá retorno, seja em jornal, televisão ou rádio, é você seguir pela linha polêmica. Que é você se equilibrando no fio da navalha, no olho do furacão. Desde que, e eu sempre tive esse cuidado, não atinja a honra de ninguém. Até hoje eu nunca fui processado por ninguém. A não ser pelo Cláudio Adão, que foi uma tolice dele, e que acabou dando em nada. Eu se tiver de fazer uma crítica, eu generalizo. Se tiver de fazer uma crítica direta, eu não vou desonrar quem quer que seja. Eu não sou disso. Agora, a linha polêmica me dar esse retorno. Ao invés da lengalenga, de querer fazer média. O ouvinte o telespectador, o leitor, ele percebe logo isso. Daí, graças a Deus o respeito que eu tenho perante a opinião pública.

Você já confessou que tem total liberdade no grupo O Povo. Nunca houve uma vez sequer em que você passou do ponto?
Você já trabalhou em jornal. E sabe muito bem que acima de nós tem o patrão e a linha editorial do jornal. Eu, por exemplo, no esporte nem tanto, mas escrevo uma coluna dominical muito polêmica. Que fala de economia, negócios, política, de bastidores. Pra você ter uma ideia, no esporte eu demoro 40, 50 minutos no máximo. Essa outra eu demoro de duas a duas horas e meia. Primeiro que eu tenho de fazer triagem das informações. Então, tem uma redação diferente. Borrifada de pimenta, sal, ironia... Enfim. Mas aí, eu preciso saber qual é a linha editorial do jornal. Essa linha editorial eu não posso ultrapassar. E como eu tenho o poder da percepção, eu vejo qual é a linha do jornal. E para coluna ser publicada, ela passa pela triagem do editor-chefe. Ela não vai direto, principalmente essa coluna de domingo. E o editor tem total liberdade para tirar alguma nota que por exemplo vá de encontro com a linha do jornal. Como eu já convivo há muito tempo, eu já sei até onde eu posso ir e onde eu não posso ir. O Demócrito Dummar, quando vivo, ele mandava recados indiretos, quando eu ultrapassava essa linha. Ele ligava para mim, ele me chamava de Príncipe. Sempre num estilo diplomata de marca maior, extremamente gentil. Ele dizia: “Príncipe, a coluna tá maravilhosa. Tá excelente, mas só quero que você tire um só pouquinho do sal e da pimenta”. Aí, eu entendia o que ele queria dizer.

Aliás sobre esse apelido Príncipe, eu queria que você falasse o motivo. Já ouvi dizer que era porque você era assediado por muitas mulheres...
Não! Que é isso! Tem nada a ver. Até porque eu sou feio, eu só não sou é burro. Isso nasceu na época em que comecei no rádio. O Irapuan Lima (um dos ícones do rádio e da tv cearense) era meu primo e eu comecei a ajudá-lo. E o locutor do comercial acabou faltando um dia. Eu trabalhava como contra-regra. Aí, ele disse que nesse dia eu iria fazer também o programa. Eu disse que estava bem, já sabia de cor e salteado o programa. E o Irapuan era conhecido como o Rei do Auditório. Ele acabou dizendo no ar: Eu sou o Rei do auditório e agora a partir de hoje vocês ficam com o príncipe. E ficou realmente com esse título que vem desde o meu início no rádio. O outro motivo é pela forma como eu trato as pessoas. No meu programa, por exemplo, eu não critico colega de profissão, eu defendo, eu saio em defesa de todos. Sou extremamente ético nesse ponto. Uma história engraçada, eu me lembro certa vez que o Sérgio Pinheiro (comentarista da Rádio Verdes Mares) veio até aqui nos fazer uma visita, não lembro o que era. E quando ele foi embora, eu fui acompanhá-lo até o carro, que é um costume meu. Eu não o deixei até a porta, eu fui até o carro. Aí ele falou: “Eu tô impressionado, você veio me deixar até o carro. Isso é coisa de lorde, de príncipe”. E o Sérgio, de vez em quando, fica citando isso. Eu sigo muito a etiqueta, sou muito obediente à etiqueta. Eu gosto de ser gentil, de abrir porta do carro para a mulher, puxar a cadeira, enfim, essas coisas que eu sigo a etiqueta.

Alguns profissionais da mídia, seja no rádio, TV, jornal ou até internet são ameaçados por torcedores. Você já passou por algo do tipo?
Não. Primeiro, porque eu torço pelo Ferroviário. E torço mesmo. Pessoal diz que eu quero fazer média, mas eu torço, sim. Desde a época do Ruy do Ceará. Ele fez minha cabeça. Eu já levei até minha neta para o clube. Então, torcedor do Ferroviário não briga com ninguém. E eu tenho como norma sempre ficar do lado do torcedor. Torcedor é espoliado. Ele não é respeitado como o cliente maior. Ao torcedor, proíbem dele entrar com apito, não pode beber no estádio, não pode levar sua bandeira, seu tambor, enfim. Além de ser explorado. Então, eu me ponho muito no lado do torcedor. E creio que isso me dá um respaldo muito grande. Eu não faço isso por demagogia. Eu faço isso pelo torcedor ser o cliente maior do futebol. Ceará, Fortaleza os grandes clubes vivem ou sobrevivem em função do torcedor. E ele é tremendamente espoliado. Ele não é respeitado. Na verdade, ele é desrespeitado. Ele é tratado às vezes como animal. Até na venda de uma simples água mineral, o torcedor é maltratado. Os caras dobram o preço de uma água. E ninguém vai preso?! Enfim, como eu me coloco muito do lado do torcedor, não para fazer média, e sim porque eu conheço o sofrimento dele e isso me dá um respaldo muito grande. E também pela minha linha de imparcialidade e de independência. Aliás, eu não permito que ninguém venha a público para criticar o torcedor. Acho que uma das primeiras vozes a se revoltar e ser contra a extinção de torcida organizada fui eu. Um estádio de futebol sem torcida organizada, sem aquela barulheira, vais se tornar um velório. É tanta proibição para o torcedor, eu já repeti isso várias vezes, que vai chegar um tempo em que vão colocar uma mordaça para ele não gritar. Só tá faltando isso.

Sérgio Ponte é seu irmão. Ele tem temperamento forte. Como é a sua relação com ele?
O Sérgio tem o gênio forte. Ele tem o gênio completamente diferente do meu. Eu sou mais velho uns sete, oito anos que o Sérgio. Então, eu praticamente o criei. Minha família era muito grande, são 11 irmãos. Meu pai dizia: “cuide dele”. Ele dormia comigo. Ele pegou muita coisa minha. Menos o temperamento. Sérgio tem um temperamento muito forte. Sérgio tem uma tendência para rancor. Se ele brigar com você uma vez, ele briga com você pela vida toda. Ele deixa de falar com você a vida toda. Eu sou muito diferente. Sou inteiramente maleável. Eu sempre digo que construí na minha vida cinco amigos. Aquela pessoa de todas as horas, de sexta-feira da paixão, segunda-feira de carnaval, natal, enfim. Eu tive cinco amigos, porque um já morreu. E o Sérgio é um deles. Ele me ouve muito. Às vezes, eu sou contra o que ele diz, mas eu respeito a opinião dele. Sei a tendência dele, sei qual o time que ele torce. Porém, na hora que abre o programa, ele se transforma num profissional imparcial independente e que não faz média com ninguém. O Sérgio além de um irmão é um dos meus cinco maiores amigos.

Você tem uma coluna aos domingos. O que é mais difícil de fazer essa ou a de esporte que você escreve de segunda a sábado?
Mil vezes mais a coluna de domingo. Mil vezes mais. No futebol, eu já tô na área faz tempo, qualquer fato eu transformo em notícia para a coluna. Nessa de domingo, não é bem assim. A política é muito dinâmica, a economia também. É muito mais difícil. Primeiro, eu dou uma conotação diferente. Ao invés de eu ser o analista o comentarista de jornal, e tem uns que querem ser cientista político, eu faço diferente. Eu faço a coluna informativa. Borrifando sal, pimenta, pólvora e tudo que se possa imaginar. E a minha coluna dominical hoje, dita pelo próprio jornal, é a coluna mais lida da imprensa. De domingo a domingo. Nenhuma bate a minha coluna. Por causa da redação que eu dou, pelo formato diferente, pela diagramação. Ela é muito rápida, você lê rápido. Ela tem muitas informações de primeira. Quantas notícias em primeira mão eu não dei? Show do Paul McCartney, várias de política. Enfim, ela é muito mais difícil, sim, de fazer.

Falando em política... Você é a favor da construção de viadutos na cidade?
Eu sou a favor do progresso. Agora, só que em local diferente daquele lá (Parque do Cocó). Invadir área verde, eu não concordo. Mas que sou a favor de viadutos eu sou, sim. Até porque a prefeita que esteve aqui, passou oito anos e não abriu uma rua, não alargou uma avenida, não construiu um viaduto, sempre empurrando com a barriga. Então, alguém tinha de fazer. Sob pena desta cidade virar um inferno de Dante, em que você não pode mais andar tamanho dos congestionamentos. Eu sou favorável a construção de viadutos, mas não nessa área que estão fazendo, porque não se preserva o verde. Agora, repito, sou a favor do progresso. Até porque, Fortaleza é uma grande metrópole, atrasada em oito anos, em uma gestão que a Luizianne não conseguiu fazer em termo de cidade praticamente nada.

2014 é ano de eleições. Se o Cid fosse candidato você votaria nele? Por que?
Cid é um grande gestor. Muito melhor do que o Ciro, seu irmão. Ele é um ótimo gestor, mas um péssimo orador. Eu já disse isso na coluna. Ele gosta muito de falar em números e certa vez eu fui para uma palestra dele e ele falou tanto em número que eu cochilei. O que o Ciro tem de oratória, que é muito inteligente, uma linguagem de fogo, o Cid é mais técnico. É muito mais administrador. Eu votaria, sim, no Cid.

E a Presidenta Dilma?
Votaria. Eu vou até parafrasear o que o Cid disse. A Presidenta Dilma é uma mulher honrada. Que faz. O que atrapalha ela são os assessores dela, que atrapalham em tudo.

O que você assiste na TV? Você lê outros jornais? Escuta outras rádios?
Eu não gosto de assistir TV. A única coisa que assisto é o noticiário da noite. Até porque eu não paro. Meu único dia de folga é o sábado e passo o dia com minha esposa fazendo compras. É um hábito meu com minha esposa, passamos o sábado fazendo compras. No máximo, à noite, quando voltamos, assisto uma novela com ela. O que eu gosto mesmo é de ler. Se eu não ler por uma hora alguma coisa, eu não durmo. Tenho que ter dois, três livros na cabeceira da cama, se não, eu não consigo dormir.

Você acha que a maioridade penal deveria ser reduzida?
Deveria, sim. Deveria ser reduzida para 16 anos. Sou a favor.

Hoje, muita gente quer fazer graça no jornalismo esportivo e acaba passando do ponto. Como você analisa esse novo estilo?
Eu acho que deveria temperar. Acho que há um excesso. Quem ver o noticiário quer ver o noticiário. Esse negócio de humor... Dá uma pinçada ali e tudo bem. Você não pode fazer daquilo é um hábito. Isso o público não gosta. O público tradicional não gosta.


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