UMA PROMESSA QUE VEM DO SETÃO!!!
Uma promessa que vem do sertão
Recém-formado pela escola cearense, Júnior Rodrigues (Centro) almeja visibilidade nacional
O local é conhecido como Sertão dos Inhamuns. Uma região árida do Ceará, a 350 quilômetros de Fortaleza, onde o sol castiga os desavisados e a seca dá um destino sombrio à vegetação e, sobretudo, aos animais, que sucumbem ao calor intenso. Em contrapartida, existe um fator que dribla os infortúnios e determina momentos de alegria: o lugar respira futebol – seja ele amador ou pré-profissional. Em qualquer bate papo de esquina, ou bancos de praças, tabelas de vários campeonatos vêm à tona, e os atletas de plantão– meninos, jovens e velhos – se gabam da disposição e desenvoltura dentro das quatro linhas.
Em meio a esse emaranhado de figuras pitorescas que compõem o parque futebolístico interiorano, surgem nomes de potenciais revelações, que aspiram o sucesso que, se um dia se concretizar, será bem longe dali. Júnior Rodrigues é um deles. Aos 19 anos, sonha com o momento em que verá seu nome estampado nos jornais do Brasil e do mundo. Porém, seu desejo caminha na contramão de todos os personagens citados até aqui, tornar-se um destacado árbitro profissional.
Nascido no município de Crateús, desde criança habituou-se a assistir jogos com a preocupação de analisar apenas o desempenho do ‘homem de preto’. Essa afeição ao juiz surgiu pela percepção de que se trata de uma das profissões mais injustiçadas no esporte criado pelos ingleses.
“Assim como os goleiros, os árbitros são figuras injustiçadas. E se não houver um cuidado maior, elas correm o risco de desaparecer. Hoje, é muito difícil achar alguém que se proponha seguir nessas carreiras”, considerou Rodrigues.
Recém-formado pela escola de arbitragem do Ceará, com nota 9,5 no exame teórico e 10 no físico, ele começou apitando peladas entre amigos, passando pelos jogos de subúrbios, a conhecida várzea. Recentemente foi convidado pela secretaria de esportes de Parambu para comandar um dos jogos comemorativos à inauguração do estádio local, onde obteve um bom desempenho.
Ciente das dificuldades comuns à profissão de apitador, Rodrigues se prepara para estrear em 2014, apitando partidas da FCF (Federação Cearense de Futebol) para, em 2018, ingressar na lista de aspirantes ao quadro da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). “Pretendo iniciar em alto nível e, num cenário mais a longo prazo, ser indicado para apitar jogos pela FIFA”, revela.
Seu perfil se enquadra nas exigências da entidade nacional: escolaridade – cursa segundo semestre de Educação Física – idade e estatura (1,90). “É difícil prever o futuro, mas suas características indicam que ele pode vir a ser um bom árbitro do quadro cearense. O Júnior é jovem e alto, que são vantagens para quem quer ser árbitro. Se ele aliar isso à disciplina e técnica dentro de campo ele vai longe”, avaliou ao Voz do Apito, Dacildo Mourão, ex-árbitro FIFA.
Em meio a esse emaranhado de figuras pitorescas que compõem o parque futebolístico interiorano, surgem nomes de potenciais revelações, que aspiram o sucesso que, se um dia se concretizar, será bem longe dali. Júnior Rodrigues é um deles. Aos 19 anos, sonha com o momento em que verá seu nome estampado nos jornais do Brasil e do mundo. Porém, seu desejo caminha na contramão de todos os personagens citados até aqui, tornar-se um destacado árbitro profissional.
Nascido no município de Crateús, desde criança habituou-se a assistir jogos com a preocupação de analisar apenas o desempenho do ‘homem de preto’. Essa afeição ao juiz surgiu pela percepção de que se trata de uma das profissões mais injustiçadas no esporte criado pelos ingleses.
“Assim como os goleiros, os árbitros são figuras injustiçadas. E se não houver um cuidado maior, elas correm o risco de desaparecer. Hoje, é muito difícil achar alguém que se proponha seguir nessas carreiras”, considerou Rodrigues.
Recém-formado pela escola de arbitragem do Ceará, com nota 9,5 no exame teórico e 10 no físico, ele começou apitando peladas entre amigos, passando pelos jogos de subúrbios, a conhecida várzea. Recentemente foi convidado pela secretaria de esportes de Parambu para comandar um dos jogos comemorativos à inauguração do estádio local, onde obteve um bom desempenho.
Ciente das dificuldades comuns à profissão de apitador, Rodrigues se prepara para estrear em 2014, apitando partidas da FCF (Federação Cearense de Futebol) para, em 2018, ingressar na lista de aspirantes ao quadro da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). “Pretendo iniciar em alto nível e, num cenário mais a longo prazo, ser indicado para apitar jogos pela FIFA”, revela.
Seu perfil se enquadra nas exigências da entidade nacional: escolaridade – cursa segundo semestre de Educação Física – idade e estatura (1,90). “É difícil prever o futuro, mas suas características indicam que ele pode vir a ser um bom árbitro do quadro cearense. O Júnior é jovem e alto, que são vantagens para quem quer ser árbitro. Se ele aliar isso à disciplina e técnica dentro de campo ele vai longe”, avaliou ao Voz do Apito, Dacildo Mourão, ex-árbitro FIFA.
Árbitros de laboratório
Mostrando personalidade, ele revelou como vê o mundo da arbitragem atualmente. “Hoje, a arbitragem é de laboratório, composta por pessoas sem conhecimento teórico e prático. Muitos que apitam demonstram não entender nem de futebol. Muitas vezes, entram em campo por indicação política e, em curto espaço de tempo, são escalados para apitar jogos decisivos”, criticou Rodrigues.
Tendo o árbitro Héber Roberto Lopes como ídolo no apito, o crateuense espera atingir o ápice da carreira, que é chegar a comandar partidas em copas do mundo. “O atleta objetiva chegar à seleção, para o árbitro o auge é atuar em copa. Sei que é uma caminhada árdua e longa, mas não é impossível. Vou mirar meus objetivos nesse intuito”, finalizou o debutante.
Mostrando personalidade, ele revelou como vê o mundo da arbitragem atualmente. “Hoje, a arbitragem é de laboratório, composta por pessoas sem conhecimento teórico e prático. Muitos que apitam demonstram não entender nem de futebol. Muitas vezes, entram em campo por indicação política e, em curto espaço de tempo, são escalados para apitar jogos decisivos”, criticou Rodrigues.
Tendo o árbitro Héber Roberto Lopes como ídolo no apito, o crateuense espera atingir o ápice da carreira, que é chegar a comandar partidas em copas do mundo. “O atleta objetiva chegar à seleção, para o árbitro o auge é atuar em copa. Sei que é uma caminhada árdua e longa, mas não é impossível. Vou mirar meus objetivos nesse intuito”, finalizou o debutante.
Voz do Apito
Marco Garcia
Marco Garcia
Atualizado em 30/10/2013 às 22h20
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