O FAMIGERADO "FAIR PLAY" NO TERCEIRO GOL DO FORTALEZA DIANTE DO ICASA !!!
O famigerado Fair Play no terceiro gol do Fortaleza diante do Icasa
Estádio Presidente Vargas lotado para a semifinal entre Fortaleza e Icasa (Foto: Pedro Brasil/Twitter)
Fatos: O treinador do Icasa, Tarcísio Pugliese, reclamou e criticou duramente o time do Fortaleza, mais especificamente o volante Corrêa, por não ter devolvido a bola, quando no lance anterior, o goleiro Mauro a colocou pra fora para atendimento ao volante Foguinho.
O Icasa ficou com nove jogadores (zagueiro Samuel fora expulso). O Fortaleza acabou aproveitando e fez o terceiro gol, que lhe deu a classificação às finais do Campeonato Cearense.
Nuances: O Icasa fez muita cera praticamente durante todo o jogo. O goleiro Mauro, por exemplo, várias vezes caiu no chão e não se esforçava para se levantar, era necessário o árbitro ir ao seu encontro e obrigá-lo a cobrar o tiro de meta. Depois, mesmo fazendo defesas milagrosas, não batia mais o tiro de meta, que era cobrado por um defensor.
No famigerado lance, após uma cobrança de escanteio, Eduardo Luiz, Max Oliveira, Foguinho e outro jogador do Icasa, que não deu pra identificar, disputaram no alto a bola, que após a cabeçada de Max foi parar sem sustos nas mão de Mauro. Em seguida, dos quatro atletas, apenas Foguinho colocou as mãos nas costas e caiu. O goleiro do Verdão, quase que ao mesmo tempo, jogou a bola pra fora.
O banco do Icasa, entre eles o técnico Tarcísio Pugliese, só observava a cena. No entanto, ao ver o árbitro exigir que o carro-maca entrasse em campo, o treinador se exaltou e gritava: “DIZ PARA ELE LEVANTAR, PORRA. MANDA ELE LEVANTAR, CARALHO! NÓS VAMOS FICAR COM NOVE. NÃO SAI! NÃO SAI!”.
O atacante Canga e o massagista do Icasa também repetiam os gritos e gesticulavam desesperados para que o companheiro não saísse de campo. No entanto, a regra para esse tipo de situação, diz que ao precisar de atendimento dentro de campo, o jogador é obrigado a sair das quatro linhas.
Ao ver seu atleta saindo, Pugliese acreditou que o Fortaleza devolveria a bola. No entanto, alguns jogadores do Fortaleza sinalizavam que não iam devolver, pois segundo eles, o atleta do Icasa estava na verdade fazendo cera.
A bola não foi devolvida e o Fortaleza começou a tocá-la. Curiosamente, nenhum dos jogadores do Icasa, principalmente os que foram fazer a marcação e tomar a bola, demonstraram ou pediram para que o adversário devolvesse a bola. O que é comum, quando se vê uma situação semelhante.
Pugliese, contudo, ficou indignado e desesperado com a atitude da equipe do Fortaleza. Gritou pelo zagueiro tricolor Eduardo Luiz. “EDUARDO! EDUARDO! VOCÊS NÃO VÃO DEVOLVER A BOLA?” O defensor tricolor abriu os braços e apontou para um companheiro como se fosse ele o “responsável”.
Em seguida, Pugliese gritou pelo volante Corrêa: “CORRÊA! CORRÊA! DEVOLVE A BOLA, PÔ”. Corrêa abriu os braços também. Segundos depois, Edinho chutou, o goleiro Mauro rebateu, e Robert fez o gol.
Fair Play: Originalmente, a Fifa implantou essa norma como forma de “representar os benefícios de cumprir as regras, ter bom senso e respeitar jogadores, árbitros, adversários e torcedores”. Atingir um jogador por trás; chutar a bola após uma marcação do juiz; enganar a arbitragem, fingir estar machucado e muitas outras atitudes não condizem com o badalado Fair Play pedido pela Fifa.
No entanto, a única atitude em que se pede Fair Play é quando um jogador precisa de atendimento médico. A bola é jogada para fora, e com isso o atleta é socorrido. Em seguida, a bola é devolvida ao time que estava com a posse da bola.
Se o atleta do Icasa fingiu ou não estar machucado, aí só ele poderá confirmar.
Kempao
Jornalista com passagens pelo Diário do Nordeste, Lance!, TV Diário, Federação Cearense de Futebol, Prefeitura de Fortaleza e Tribunal de Justiça do Estado do Ceará
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