MUNDIAL DE CLUBES: SANTOS/BRA X KASHIWA REYSOL/JAP!!!
Com "Mazembe japonês" no caminho, Santos tenta chegar à final do MundialSantos tem se preparado para enfrentar o Barcelona, mas antes precisa passar pelo Kashiwa Reysol (Foto: AP)
Foram seis meses de espera, mas enfim a tão sonhada chance de colocar a terceira estrela em cima do escudo do Santos tem sua caminhada iniciada nesta quarta-feira. Mesmo com muitos já imaginando uma final do time paulista com o Barcelona, a equipe do técnico Muricy Ramalho terá pela frente nesta quarta-feira, a partir das 8h30 (horário de Brasília), um obstáculo que pode ser indigesto. O japonês Kashiwa Reysol vem fazendo um trajeto digno de conto de fadas no torneio.
Time que saiu da segunda divisão para conquistar o título da J-League, a equipe dirigida pelo brasileiro Nelsinho Baptista levou a melhor sobre o fraco Auckland City na primeira partida e surpreendeu ao eliminar o favorito Monterrey nas quartas de final. Sensação do torneio, o time tenta agora estragar a festa santista e repetir o feito histórico alcançado pelo Mazembe, da República Democrática do Congo, ano passado, ao calar os torcedores do Internacional em Abu Dhabi.
"Sem dúvida, existe desconfiança sobre o Kashiwa. Clube que até ano passado era segunda divisão, subimos, fomos campeões da J-League. Mas nossa equipe demonstra bom jogo, bem entrosado, esperamos que possamos fazer um grande jogo, futebol tudo pode acontecer, estamos preparados para fazer um bom jogo...Todo mundo quer ver o duelo Messi e Neymar, temos que jogar, mostrar nosso futebol para conseguirmos uma vitória", disse o brasileiro Leandro Domingues, "cérebro" da equipe japonesa e em grande fase na carreira.
"Estamos observado, sempre surgem surpresas. Trabalhando aqui sabemos da nossa força, qualidade, sabemos dos nossos limites. Com certeza sabemos que temos condições de vencer o Santos", completou Jorge Wagner, outro responsável pela boa fase do Kashiwa.
O sinal de alerta criado pelo Inter no ano passado sempre é lembrado aos jogadores santistas, tanto que eles passaram a semana de preparação no Japão evitando falar no possível confronto contra o Barcelona. O discurso de cautela e respeito tomou conta dos dias em Nagoya. Falas como "não existe time bobo", "o futebol japonês evoluiu muito" foram as mais ouvidas pela imprensa brasileira e internacional.
Cautela também foi o mote dos treinamentos de Muricy dentro de campo. O treinador não realizou um treino coletivo durante toda a passagem santista em solo japonês até aqui. Segundo discurso dos próprios atletas, atitude correta para evitar uma lesão como a que sofreu o volante Adriano, que o tirou do Mundial semanas antes de viajar ao país asiático.
Além de se preocupar com contusões e com o adversário, Muricy ainda estreia no Mundial tendo que blindar seu time das notícias de bastidores, como uma possível discussão dele com o lateral Léo, que perdeu a vaga titular para Durval, e o clima de embate entre Paulo Henrique Ganso e a diretoria santista.
"Eu sou um treinador do campo, essas coisas de contrato eu não me meto. Não sou arquiteto, jardineiro, técnico de futebol, o resto é problema dele e de quem cuida dele", disparou o treinador para deixar claro que o que importa é o desempenho no gramado.
Certo mesmo é que as esperanças santistas recaem em sua grande parte nos pés de Neymar e o camisa 11 não se vê envolvido em qualquer tipo de polêmica e chega ao Mundial motivado para marcar seu nome no cenário mundial. A experiência de Elano, que foi confirmado no meio de campo, também é tida por Muricy como um porto seguro para que o Santos não caia no jogo dos japoneses e repita o vexame do Inter em 2010.
MUNDIAL INTERCLUBES (Japão)
Local: Toyota Stadium, em Toyota (Japão)
Data: 14/12/2011 (quarta-feira)
Horário: 8h30 (horário de Brasília)
Santos/BRA x Kashiwa Reysol/JAP
Santos/BRA: Rafael, Danilo, Edu Dracena, Bruno Rodrigo e Durval; Arouca, Henrique, Elano e Paulo Henrique Ganso; Borges e Neymar
- Técnico: Muricy Ramalho
Kashiwa Reysol/JAP: Sugeno; Kondo, Masushima, Hashimoto e Sakai; Otani, Leandro Domingues (Brasileiro), Jorge Wagner (Brasileiro) e Kurisawa; Tanaka e Kudo (Hayashi)
- Técnico: Nelsinho Baptista (Brsileiro)
Árbitro: Nicola Rizzoli (Itália)
Assistentes: Renato Faverani (ITA) e Andrea Stefani (ITA)
Celso Paiva
Direto de Nagoya
TERREMOTO "GANSO"
BATE-BOLA COM PAULO HENRIQUE GANSO
Quais os pontos fortes do Kashiwa? Alguma arma que o Santos precisa tomar cuidado?
- Os brasileiros Jorge Wagner e Leandro Domingues são os pontos principais da frente. São organizados e não são bobos.
O grupo do Santos está cansado por ser fim de temporada?
- Sentir cansaço em uma semifinal de praticamente Copa do Mundo não dá. Temos que entrar bem concentrados e ligados. Fim de temporada é mais desgastante para o time que joga sempre, mas numa semifinal não tem cansaço.
Você teve problemas de lesão e o time jogou pouco no fim do ano. Sente falta de ritmo?
- Tudo foi bem feito, planejado pela comissão técnica do Santos. Alguns jogadores até sentem mais, outros não sentem a falta de ritmo, mas faz parte da programação. Não sinto falta, não...
Observou algum defeito do Kashiwa a ser explorado na semi?
- No primeiro tempo, O Monterrey tocou bem pela direita (defesa do Kashiwa). Conseguiu criar espaços por aquele setor. Acho que esse é o ponto fraco que podemos achar na equipe deles
SANTOS FC
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