SÃO SILVESTRE NÃO TERÁ QUEBRA DE RECORDE!!!
São Silvestre não poderá ter quebra de recorde- Tempos registrados neste sábado servirão apenas de referência para edições futuras
Martin Lel e Marílson Gomes dos Santos são favoritos à vitória (Foto: Eduardo Viana)
A edição deste sábado da Corrida Internacional de São Silvestre não terá quebra de recorde. Esta afirmação pode ser feita antes mesmo de a prova começar.
Com a mudança do percurso – que tem como principal atrativo agora a chegada no Obelisco do Ibirapuera –, os tempos a serem registrados pelos vencedores de hoje só servirão para serem uma referência para as próximas edições.
Assim, as marcas dos quenianos Paul Tergat e Alice Timbilili (veja abaixo) permanecerão para sempre como recorde do percurso antigo, cuja chegada até o ano passado ocorria na Avenida Paulista.
– Não poderemos falar em recorde, isso não existirá. Uma quebra de recorde só acontecerá mesmo a partir da próxima edição. A partir de agora, criam-se novas referências – disse Manuel Garcia Arroyo, diretor técnico da São Silvestre.
A questão do recorde tem causado confusão em treinadores, atletas e até em parte da organização.
Até ontem, a assessoria de imprensa ainda estudava a melhor maneira de divulgar seus comunicados caso o melhor tempo da história seja estabelecido neste sábado.
Responsável pelos treinos da maioria dos quenianos que participam da corrida, Moacir Marconi, o Coquinho, também fez confusão.
– Acho que pode haver assim uma quebra de recorde, uma vez que a prova está mais rápida.
A organização da São Silvestre não premia atletas que quebram recordes. A bonificação, inclusive, não é prevista em regulamento.
– O que costumamos fazer é dar um incentivo financeiro para aqueles que estabelecem as melhores marcas. Mas, desta vez, não haverá nada – afirmou Arroyo.
Um recorde, sim, que poderá ser quebrado hoje é do atleta brasileiro com mais vitórias. Com três triunfos, Marílson Gomes dos Santos está empatado com Joaquim Gonçalves da Silva e Nestor Gomes. Com mais um, se isolará na liderança.
Além disso, um eventual tetracampeonato de Marílson faria com que o Brasil empatasse com o Quênia como o país com mais triunfos. Atualmente, os africanos possuem 12, contra 11 dos brasileiros.
Atletas admitem correr no "escuro"
A mudança do percurso da São Silvestre fará com que todos os atletas entrem na prova sem saber o que esperar. Agora, em vez de terminar logo após a subida da Brigadeiro Luiz Antônio, a corrida acabará após os competidores descerem a avenida.
– Não temos referência prática alguma, então ficamos um pouco apreensivas. Teremos de tomar todo o cuidado possível para chegar bem – afirmou Maria Zeferina Baldaia, que venceu a São Silvestre em 2001.
Para Marily dos Santos, outra integrante do pelotão de elite, a mudança faz com que seja impossível apontar favoritos à vitória.
– É uma corrida totalmente nova. Então, só teremos realmente a noção de quem são as favoritas em 2012. Apesar disso, já sei como será minha estratégia e onde forçar. Vou dar tudo nas descidas – disse a corredora, que jamais venceu a corrida paulistana.
Fábio Aleixo
Publicada em 31/12/2011 às 09:39
São Paulo (SP)
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