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quinta-feira, 8 de julho de 2010

CASO BRUNO NÃO É O PRIMEIRO!!!

* HOMICÍDIO LEVOU JOGADORES A PRISÃO NO PIAUÍ.

- TERESINA(PI) - O envolvimento do goleiro Bruno, do Flamengo/RJ, com o homicídio da sua amante Eliza Samúdio, não se constitui no primeiro caso em que um atleta é personagem de um crime no futebol brasileiro. Há 34 anos, em junho de 1976, no futebol piauiense, mais da metade do time do Tiradentes foi denunciado pelo assassinato do corretor de automóveis Jacob Ferreira Lima, num acontecimento que ganhou páginas dos principais jornais do país e tomou boa parte dos noticiários esportivos e policiais de rádio e TV.

Longe de ser macabro, como evidencia-se o Caso Bruno, no crime cometido pelos jogadores do Tiradentes, as consequências levaram até o Estado Maior da Polícia Militar do Piauí a desativar o departamento de futebol profissional do então Amarelão da PM. De semelhante ao caso do goleiro do Flamengo do Rio, só mesmo o fato de também ter ocorrido na primeira quinzena do mês de junho.

De acordo com a denúncia do então Promotor de Justiça da 1ª Vara Criminal de Teresina, Dr. Waldyr Guimarães, já falecido, o fato teve início na Boate Ana Paula, casa noturna situada na Rua Porto, próximo a Avenida Barão de Gurguéia.

Na oportunidade, vários jogadores do Tiradentes comemoravam o nascimento de um filho do atacante Jorge Costa, então o artilheiro do Campeonato Piauiense, com 15 gols.

Em dado momento, o lateral direito Célio Rodrigues discute com a prostituta Teresa Neuma, oportunidade em que o zagueiro Ivan Limeira afirma para Célio: "Se você não der um tapa nela, eu dou em vocês dois". Célio atendeu seu companheiro de clube e agrediu Teresa que, chorando, foi pedir ajuda ao corretor de automóveis Jacob Ferreira Lima, que encontrava-se também na boate, em uma mesa separada.

Jacob foi até seu carro e pegou um revólver. Alguns jogadores perceberam e foram tirar satisfações com ele. Na discussão, Jacob saca a arma e atira. O roupeiro Anastácio e o jogador Valdeci são atingidos pelos balaços. Neste momento, Ana Paula, proprietária do estabelecimento, sai do seu quarto, onde já estava recolhida, e é agarrada por Jacob, que usa-a como escudo humano ao mesmo tempo em que, de costas para a rua, vai deixando a boate.

Anastácio e Valdeci ficam no chão, feridos, enquanto alguns jogadores passam a ir atrás de Jacob, apedrejando-o. Já no prolongamento da Rua Porto, Jacob, ainda com Ana Paula servindo de escudo, dá um último tiro em direção aos jogadores e, sem munição, larga a mulher e passa a correr em direção a Avenida Barão de Gurguéia.

Cerca de cinco a seis jogadores o perseguem. Outros foram pelo outro lado do quarteirão e, já na avenida, ele é cercado e passa a ser agredido com socos e pontapés. Somente depois de cinco minutos de agressão, os jogadores são contidos e alguns minutos depois chega uma viatura da Polícia Militar.

Todos são conduzidos para o 1º Distrito Policial, onde Jacob quase não consegue falar, com a cabeça totalmente ensanguentada. Diante do grave estado do corretor, ele é transferido para o Hospital Getúlio Vargas e, pouco antes de ser submetido a uma cirurgia, morre vítima de derrame cerebral.

A narração destes fatos é a que foi apurada pela Polícia e deu embasamento ao Ministério Público, que ofereceu denúncia contra Mundinho (goleiro), Ivan Limeira (zagueiro), Jorge Costa (atacante), Erasmo (atacante), Ubirani (volante), Anacleto (massagista), Mano (motorista da Kombi do Tiradentes, que também estava no local), Mozart (atacante), Oliveira Piauí (atacante) e Cláudio (zagueiro).

Os réus foram recolhidos à Penitenciária de Teresina, localizada onde hoje está edificado o Ginásio de Esportes Verdão. O Tiradentes retirou-se do certame piauiense, deixando de disputar o 4º turno. Quando o Campeonato Piauiense terminou, Jorge Costa, mesmo na condição de presidiário, manteve-se como artilheiro da competição, uma vez que nenhum outro jogador conseguiu alcança-lo.

Num primeiro julgamento, os atletas do Tiradentes foram condenados. Houve recurso e o processo teve andamento até o dia em que um terceiro volume desapareceu. O caso não foi adiante e hoje o crime já está prescrito.

Além de Jacob Ferreira Lima, que faleceu e está sepultado em um pequeno cemitério na zona rural de Alto Longá, outra grande vítima deste episódio foi o roupeiro do clube, Anastácio, que ficou paraplégico e viveu seus últimos anos de vida em uma cadeira de rodas.

O atacante Oliveira Piauí faleceu em 1981, vítima de ataque cardíaco, quando defendia a Catanduvense, do interior de São Paulo.

E o time profissional do Tiradentes só foi reativado dois anos depois.

(*) Texto e foto: Severino Filho
acessepiaui.com.br, tribunadebarras.com e Artilheiro.com

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