ATÉ BREVE!!!

ATÉ BREVE!!!

*** FALA GRAZIANI *** FALA GRAZIANI ***

Coube a mim a derradeira crônica.
Os assuntos, aos montes: a raça de Forlán, o melhor da Copa e seu Uruguai que deu graça aos jogos; a talentosa e campeã Espanha; o ótimo futebol da Alemanha e do menino Muller; os vexames de França e Itália; o apagão do Brasil, os erros de arbitragem ou as bobagens da Fifa.

Também poderia escrever mais sobre o legado real (para os ricos) e o imaginário (para os pobres) deixado para a África do Sul ou ainda abordar as importantes lições que Fortaleza deve aprender para 2014. E que tal falar de Mademoiselle K, nossa companheira eventual de viagem? Melhor não, afinal, requisitada, já deixou a África – e tem dono.

E do nosso trabalho por aqui? Eu, Rafael e Ruy almoçamos e jantamos Copa desde muito antes do embarque, em 3 de junho. A expedição pelo país durou 45 dias e com toda a colaboração da equipe em Fortaleza, fizemos um trabalho que nos enche de orgulho. Obrigado pelos elogios, críticas e sugestões neste período.

Então, nada melhor do que reservar as próximas linhas, as últimas deste trabalho, para o grande brilho da Copa: o povo sul-africano. Nunca vi gente tão gentil, amorosa e disposta a agradar. Nas mínimas coisas foi possível sentir o desejo de ajudar, sem querer nada em troca, talvez apenas um sorriso, mesmo num país com tantos problemas, em que a miséria está sempre presente.

Conheci pessoas espetaculares, que jamais vou esquecer. Figuras que me comoveram diversas vezes, muitas porque carregam uma ingenuidade tão bondosa, do tipo que eu, juro, pensava não existir mais.

Aprendi em minutos o que talvez levasse a vida inteira. Foram horas e horas de momentos especiais, de uma passagem marcante por um lugar lindíssimo. E, de verdade, recomendo, caro leitor: venha até aqui. Venha sonhar junto com essa gente, com essas pessoas encantadoras.

Vou embora carregando um pedaço da África comigo.

Um pedaço valioso, humano, divino.

Mas volto logo, tenho certeza.

Fernando Graziani
Direto da África
ATÉ BREVE