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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

ESSE FOI "CRAQUE E ÍDOLO"!!!

* FUTEBOL CEARENSE FICA SEM "MOZART GOMES"

* QUEM VIU AFIRMA: Não era apenas FUTEBOL, mas ESPETÁCULO. Quando estava em campo, o estilo misturava BELEZA e RAÇA. MOZART ARAÚJO GOMES era CRAQUE E ÍDOLO em um só jogador. E está, sem dúvida, NA SELEÇÃO CEARENSE DE TODOS OS TEMPOS.

* PERFIL DO ÍDOLO
Nome: Mozart Araújo Gomes
Nascimento: 5/1/1939
Naturalidade: Fortaleza/CE
Posição: Atacante
Clubes: Fortaleza, Náutico/PE, Fluminense, Ceará, América e Ferroviário (1967)
Títulos: Campeão cearense (1964, 1965 e 1969), campeão Norte-Nordeste de Seleções (1962) e vice-campeão da Taça Brasil (1968)
Mais informações: Filho do ex-presidente do Fortaleza coronel Mozart Gomes, Mozarzinho era o irmão mais novo de Moésio Gomes, atacante do time entre as décadas de 1950 e 1960 e depois técnico.

MOZART GOMES marcou época no estado do Ceará.
Por muitos, é considerado o maior jogador que já passou pelo Estado

Mozart Gomes foi único. Ídolo e craque em um só atleta. Vestiu muitas camisas, defendeu vários clubes e marcou um número sabe-se lá qual de gols. Jogou em tempos românticos, em que só a bola importava em campo. Ontem, ele morreu no Instituto do Câncer do Ceará, em Fortaleza. Longe da fama, do furor dos estádios. Quieto, como ficava na área, esperando para balançar as redes.

Mozarzinho estava internado há uma semana na Unidade de Terapia Intensiva. Antes, havia passado mais dois dias se recuperando no quarto do hospital. Ele lutava contra um câncer no pulmão.

O velório será realizado hoje na funerária Ethernus (rua Padre Valdevino, 1688 - Dionísio Torres), na qual haverá uma missa de corpo presente, a partir das 9h30min. Logo depois, o corpo segue para o cemitério São João Batista, onde será enterrado.

Ficam duas filhas, Daniela e Fernanda, e dois netos, Artur e Lívia. “Para o futebol cearense, meu pai deixa um legado de campeão”, resume Fernanda. Em homenagem, O POVO publica uma entrevista inédita com o ex-jogador, feita em 2006. (Colaborou Daniela Nogueira)

OP - O senhor era de uma família de tricolores?
Mozarzinho - Meu pai, coronel Mozart Gomes, era presidente do Fortaleza da década de 1950, e meu irmão, Moésio Gomes, era jogador neste mesmo período. Mas, mais do que uma família de tricolores, a nossa família era uma família de desportistas. Meu tio França, irmão do meu pai, foi atacante de Ceará e Fortaleza, um cobra das décadas de 1930 e 1940.

OP - Vocês todos foram grandes jogadores. E o seu pai chegou a jogar?
Mozarzinho - Dizem que ele era muito ruim (risos). Por isso, virou dirigente. Na verdade, meu pai era o “dono” do Fortaleza. Os uniformes ficavam lá em casa. Tinha uma lavadeira que cuidava de tudo e a família toda ajudava o time. Eu levava os uniformes para o PV nos dias de jogos, quando criança. Ele incentivava muito que a gente virasse jogador. Tanto que eu não me formei: fiz só o segundo grau, por ter ido jogar fora (do Estado), no Náutico e Fluminense.

OP - Vocês da sua família cuidavam de tudo do Fortaleza nas décadas de 1950 e 1960. Então, o time ainda era bem amador?
Mozarzinho - O Fortaleza não tinha nem sede. Na verdade, tinha apenas uma espécie de casinha atrás do gol em que fica a torcida do time, no lado que dá para o Jardim América, em que a gente guardava parte do material. Quando precisava, a gente levava para nossa casa ou levava de volta para lá.

OP - O Fortaleza já rivalizava em termos de torcida com o Ceará?
Mozarzinho - O Fortaleza chegava a ter menos torcida que o Ferroviário. O Fortaleza passou a crescer mesmo com o slogan “Clube da Garotada”, lançado pelo clube no fim da década de 1960, quando iniciou o processo de profissionalização. Em 1969, o time foi campeão arrastão e, a partir daí, a torcida começou a crescer até superar o Ferroviário e empatar com o Ceará.

OP - E a rivalidade já era grande como hoje?
Mozarzinho - A rivalidade era grande, mas não ‘tinham’ essas brigas como hoje. Os clubes eram rivais, mas tinham respeito um pelo outro. Na verdade, rivalidade mesmo a gente tinha contra outros estados. Os jogos entre seleções contra Pernambuco eram encarados como uma guerra.

OP - Por que nas décadas de 1950 e 1960 surgiram tantos grandes jogadores simultaneamente no futebol cearense, diferentemente dos dias de hoje?
Mozarzinho - Porque não havia essa invasão de jogadores de fora nos clubes daqui, que ainda eram um pouco amadores e não tinham dinheiro para trazer destaques do futebol do Sul, como já faziam os times de Recife e Salvador. Por isso, o jeito era formar equipes com os atletas daqui mesmo.

OP - Então, o Ceará viveu um retrocesso após 40 anos?
Mozarzinho - Revelava-se muitos jogadores aqui. Mas os clubes eram muito amadores, em comparação com o futebol pernambucano. Lá, os clubes já possuíam na década de 1960 os seus estádios, tanto Sport, Náutico quanto Santa Cruz. Aqui, mal se treinava e estádio, só o municipal. Para completar, eles já tinham departamentos médico e físico, e, por isso, a gente sempre tinha um condicionamento pior. O meu pai e alguns outros dirigentes, principalmente do Fortaleza, defendiam que o jogador de futebol não deveria encarar aquilo como uma profissão. Havia um “profissionalismo marrom”. Pagavam-se bichos (premiações) e não se treinava com hora certa.

OP - O futebol sofria preconceito por ter como principal público a classe baixa?
Mozarzinho - Até a década de 1950, nós, jogadores, éramos marginalizados. As pessoas de Fortaleza defendiam que o jogo deveria ser um divertimento. Era por isso que, até então, a gente nunca tinha tido muito destaque fora do estado. Isso começou a mudar quando a seleção cearense foi campeã do Norte-Nordeste de 1962, somado com os títulos da Seleção nas Copas de 1958 e 1962. A gente passou a ser mais valorizado.

Fonte: Rafael Luis e Bruno Formiga
rafaelluis@opovo..com.br
brunoformiga@opovo.com.br

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