SELEÇÃO COM MANO, POR ENQUANTO, "TEMPO PERDIDO"!!!
Seleção Brasileira com Mano: por enquanto, tempo perdidoFernando Graziani
Quando Mano Menezes aceitou dirigir a seleção brasileira no dia 24 de julho de 2010, após a recusa de Muricy Ramalho, escrevi o seguinte aqui no Blog Gol sobre ele: “É um bom técnico, nada mais do que isso, mas a melhor opção dentre os locais”. Também salientei que gostaria de ver um técnico estrangeiro no comando do time, sabedor que essa é uma hipótese quase impossível, até porque tal figura seria massacrada por todos os lados, torcida, imprensa, dirigentes…
E depois de quase um ano do trabalho de Mano Menezes? Minha conclusão é a de tempo perdido. Claro que alguns fatores precisam ser levados em consideração, essencialmente a falta de tempo de treinos, mas o Brasil não tem qualquer padrão tático. O meio-campo tem sido formado por volantes com boa saída de bola, mas que não fazem a diferença quando atuam juntos e não têm poder de marcação absoluto. Contra a Holanda, por exemplo, no empate sem gols neste sábado, em Goiânia, Lucas, Ramirez e Elano, que funcionam muito bem em suas equipes, não passaram de armandinhos sem poder de decisão. Robinho e Neymar, este, quando não tentava cavar faltas, faziam apenas jogadas individuais. Os laterais, Daniel Alves e André Santos, não sabem quando devem atacar têm ficado muito mais presos ao lado dos zagueiros. Fred, isolado, mostrou mais uma vez que é bom jogador para clubes da França e do Brasil, mas está longe de ser opção válida para a seleção.
A marcação na saída de bola adversária é algo que Mano conseguiu implantar, mas é pouco demais para tento tempo de trabalho. É bom deixar claro que minha análise não é apenas pelos resultados do Brasil sob o comando de Mano que, efetivamente, não são bons. Diante de seleções importantes, como França, Argentina e Holanda, o time perdeu dos dois primeiros e empatou contra a Holanda. Pior, não fez gols. As vitórias contra EUA, Ucrãnia e Irã também estão na campanha do técnico.
Com um tempo maior para treinar o time na Copa América da Argentina, Mano, que tem realmente bons trabalhos por Grêmio e Corinthians, talvez consiga implantar com sucesso sua agradável filosofia ofensiva. Por enquanto, ela saiu do papel, foi parar na escalação mas, na prática, é uma confusão tremenda.
Por: Fernando Graziani
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