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quinta-feira, 9 de junho de 2011

MIRANDINHA: "Jamais irei me sentir fora do Ferroviário"!!!

Mirandinha: “Jamais irei me sentir fora do Ferroviário”

Mesmo após a sua última passagem pela equipe coral ter sido cercada por polêmicas, Mirandinha não guarda nenhuma mágoa do clube Foto: Kid Júnior

Natural do município de Chaval, localizado a 425 km da Capital cearense, Francisco Ernandi Lima da Silva iniciou cedo a sua trajetória no futebol local. Talvez, os caros leitores não se recordem de tal atleta pelo seu nome próprio, mas tenho certeza de que ao citar o seu apelido, Mirandinha, logo saberão de quem se trata.

O ex-atacante, que atualmente encontra-se aos 52 anos, iniciou a sua carreira no futebol profissional aos 15 anos, defendendo as cores do Maguary; de lá foi para as categorias de base do Ceará, clube no qual permaneceu por cerca de um ano e meio.

Em seguida, teve uma passagem relâmpago pelo Sub-17 do Fortaleza, onde chegou a atuar por apenas um jogo. “Naquela partida cheguei a marcar oito ou nove gols, não lembro, mas me recordo que foi a mesma partida em que quebrei meu braço. Após a recuperação, acabei sendo mandado embora”, relembra Mirandinha.

Fora do Tricolor do Pici, o jovem atacante de 17 anos foi convidado a atuar pelo elenco daquele que no futuro se tornaria o seu “clube do coração”. O ano era o de 1977, e o jovem garoto tinha uma verdadeira fome de bola. “Desde pequeno eu tinha o interesse por futebol. Me lembro que como não tinha dinheiro, chegava a descer do ônibus sem pagar e pulava os muros do Estádio Presidente Vargas para ver as partidas de futebol”, conta o ex-atleta sem esquecer os detalhes de um dos momentos mais importantes da sua carreira. “Naquele ano, conquistei o meu primeiro título e ainda me tornei artilheiro juvenil do Sub-21".

Após encerrar sua carreira como jogador, Mirandinha teve sua primeira experiência como técnico à frente do Ferroviário Foto: Kiko Silva

Aquele seria apenas o primeiro de muitos outros títulos que vieram. Após a boa atuação pelo Ferrão, Mirandinha foi levado pela Ponte Preta, após uma polêmica negociação com o time campinense. “Na época chegaram a dizer que eu fui aliciado pelo clube. Mas, nada disso aconteceu”, explica o cearense. Em sua carreira como atleta, Mirandinha ainda marcou época ao ser o primeiro jogador brasileiro a atuar no futebol inglês, pelo Newcastle, em 1987.

Em meios as alegrias,
o ex-atacante relembra que nem só de alegrias foi construída a sua carreira. “Profissionalmente, um momento que me marcou negativamente foi quando, em 1995, jogando pelo Fortaleza, acabei perdendo a semifinal do Estadual para o Ceará, em um jogo que nós jogávamos pelo empate e acabamos perdendo pelo placar de 1 a 0, com um gol do lateral-esquerdo Branco” , lembra.

Após a carreira dentro dos campos, o cearense não quis deixar de lado o futebol e passou a atuar como técnico.

Em 1996, Mirandinha teve a sua primeira experiência como treinador à frente do Ferroviário. Na época, o time acabou perdendo a decisão do primeiro turno do Campeonato Cearense para o Ceará, nos pênaltis. “Naquela partida, nós estávamos ganhando pelo placar de 2 a 0 quando o Ceará colocou Pintinho e ele fez dois gols. A decisão foi para os pênaltis e nós acabamos perdendo. Após aquele jogo, minha carreira decolou e eu acabei indo para a Arábia Saudita”, disse.

A ligação com o Tubarão da Barra ainda rendeu muitos reencontros entre o treinador e o clube. No entanto, a última passagem de Mirandinha por lá, no início deste ano, foi marcada por acusações e brigas com o atual presidente do clube, Luís Gonzaga Neto.

“Muitas pessoas chegam para mim e dizem que o Grupo Gestor (formado por empresários que firmaram uma parceria com o Ferroviário no início do Cearense deste ano) não deu certo e eu não vejo por aí, eu acho que o grupo deu certo. O que pode não ter dado muito certo foram os resultados dentro de campo, mas o que nós nos propusemos a fazer pelo Ferroviário aconteceu. A prova está lá no campo, no vestiário, no refeitório, tudo que foi feito dentro de uma estrutura que precisava de melhorias e nós fizemos o que era possível, em conjunto com a Associação (dos torcedores). Estes sim, foram os nossos grandes parceiros”,
explicou.

A respeito de uma possível mágoa que possa ter ficado após a sua última passagem pelo Ferrão, Mirandinha é enfático. “Mágoa não, apenas tristeza pela maneira como algumas pessoas me trataram lá dentro. Mas, eu digo sempre: ‘Nem Jesus Cristo agradou a todos’. Então, para estas pessoas que por ventura falaram ou fizeram alguma coisa contra aquilo que eu propus fazer dentro do Ferroviário, eu só tenho um recado a dar: "só o tempo dirá se o Grupo Gestor estava certo ou não"”, explicou.

Com apenas 17 anos, Mirandinha conquistou o seu primeiro título e a artilharia de uma competição com a camisa do Ferroviário Foto: Kid Júnior

Perspectivas

“Eu agora estou aguardando o desfecho da minha última passagem pelo Ferroviário e, enquanto isto, vou estar conversando e negociando com equipes locais para que a gente possa fazer uma parceria ou coisa deste tipo. Também tenho recebido propostas de emprego de outros estados e até de fora do país. Mas, estou aguardando para ver se consigo alguma coisa por aqui, pois não quero sair do meu estado”,
disse o técnico.

Sobre um possível convite de retorno ao Ferroviário, Mirandinha responde com um certo ar daquele garoto que, aos 17 anos, venceu pela primeira vez uma competição, pelo time do seu coração. “Eu continuo no Ferroviário e tenho grandes amigos lá dentro, além da torcida. Eu estou feliz por ter voltado ao time e jamais irei me sentir fora do Ferroviário, até porque é o clube que faz parte da minha vida, da minha história, da minha carreira e isto ninguém jamais vai conseguir apagar”, concluiu.

Por Íkara Rodrigues
Belas no Esporte

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