SAFECE: "ESTOCADOS PARA PRONTA ENTREGA"!!!

SAFECE: "ESTOCADOS PARA PRONTA ENTREGA"!!!

Projeto

Estocados para pronta-entrega

Sindicato dos Atletas mantém time com jogadores disponíveis para atuarem no mercado da bola

Onde encontrar um meia, um lateral, um zagueiro, um atacante nato que tenha currículo e que esteja disponível? Qualquer empresário ou clube gostaria de ter essas respostas prontas. Mas nem sempre é possível.

Atacante Júnior Pipoca deu muito trabalho à defesa do Fortaleza nos jogos-treinos realizados no Alcides Santos, mostrando que ainda pode ser útil FOTO: KID JÚNIOR

Para o Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Ceará (Safece), estas indagações acima são perfeitamente solucionadas e a resposta vem do projeto que a entidade encampou de manter em forma jogadores cearenses que estão sem clube.

Pelo menos duas vezes na semana eles participam de treinos físicos e técnicos, além de jogos-treinos contra times profissionais do Estado. No time, despontam nomes como Júnior Pipoca, de 37 anos, Valdir Papel, 34, e Juninho Cearense, 32, afora vários outros que inclusive se destacaram em equipes locais, mas que por alguma razão não conseguiram - ou não quiseram - se encaixar em algum clube.
Benefícios do projeto

O presidente do Sindicato dos Atletas, Marcos Gaúcho esclarece que "o sindicato não possui um time, temos um projeto que beneficia atletas, especialmente cearenses, que estão sem clube, para que fiquem mantendo a forma, com o intuito de que, quando forem requisitados por algum clube profissional, possam se apresentar em forma".
O centroavante Júnior Pipoca jogou nos últimos três anos por times da Série A do Brasileiro e hoje participa dos jogos-treinos do Safece. Seu último clube foi o ABC e o jogador mostrou, pelo menos em recentes amistosos com Fortaleza e Ferroviário, que está em forma e pronto para ser o ´homem-gol´ esperado por alguns times. Sua última equipe foi o ABC/RN. "O ABC está com muitos problemas há tempos, basta ver a colocação dele na Série B. Quando estive lá, passei por muitos problemas e não valia a pena ficar", explica-se.

Já Juninho Cearense, que subiu com o Fortaleza para a Série A em 2002, esteve por último no Alecrim/RN e aprova o projeto. "O sindicato é importante nessa hora que a gente fica sem clube, fazendo com que não se quebre o ciclo até um novo contrato", diz. Ele lembra que há casos em que é melhor ficar sem trabalhar. "Em muitos (clubes), você fica sem receber, longe de casa, então, esse projeto nos mantém em treinamento e perto da família", argumenta o meia.IVAN BEZERRA
REPÓRTER

SAIBA MAISRio Grande do Sul pioneiro
Segundo o presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol do Ceará, o Rio Grande do Sul foi o pioneiro nesse tipo de projeto; já o Ceará foi precursor no Nordeste. O projeto acolhe tanto novos como atletas mais experientes, procurando cumprir uma obrigação social com os seus associadosMuitos foram empregados
Segundo o Safece, de novembro até agora, 23 atletas saíram do projeto devidamente empregados em clubes. Ao todo, cerca de 60 jogadores locais são beneficiados. O time-base é: Magno; Reginaldo, Ricardo Calixto, Renan e Non; Eziel, Henrique, Douglas e Juninho Cearense; Valdir Papel e Júnior Pipoca. O técnico é Leandro Ribeiro, ex-goleiro do Ceará

 

Diário do Nordeste

19.09.2013