POR AMOR AO FORTALEZA!!!
Por amor ao Fortaleza!
O futebol é o esporte mais mágico que existe, e de todos eles talvez, o mais traiçoeiro. A prova disso foi o dramático jogo Fortaleza 2x2 Sampaio Corrêa onde o time foi do céu, em um Castelão lotado com uma torcida magnífica cantando seu hino, ao inferno, com a desclassificação para a fase de mata-mata da Série C.
Achar culpados em meio a tamanha tristeza é algo quase impossível, foram uma série de fatores que durante a partida poderiam ter dado outro rumo ao Tricolor cearense, goleiro poderia ter defendido tal bola, zagueiro poderia ter marcado tal jogador e atacante poderia ter feito o gol. Poderia, mas não foi assim que aconteceu, e resta a nós, a análise fria e o pensamento em perspectivas para reestruturar “novamente” o Fortaleza, que em meio às lágrimas, clama por dias melhores. Digo novamente, porque a sequência de anos em uma Série C prejudica em todos os fatores, desde o financeiro até o psicológico.
Eis que aparece a figura do presidente, o responsável maior pelo clube que administra. No dicionário, “ser líder é saber os pontos fracos dos seus comandados e reconhecer os pontos fortes, é realizar e dividir as tarefas com competência e buscar as honras e glórias com sua equipe”, mas talvez, tenha faltado liderança no Fortaleza.
Natural de Quixadá, Osmar Baquit divide opiniões. Como Deputado, sua postura é inquestionável. Ativo, debatedor, defensor das ideologias de seu partido e de bom relacionamento, Baquit ganha destaque e exerce, atualmente, seu quarto mandato como Deputado Estadual. Já no futebol, parece não ter a mesma habilidade. No Fortaleza Esporte Clube desde 2011, Baquit foi reeleito com 90% dos votos e é o mais criticado pela atual fase do time.
Realmente, os críticos ao Baquit têm as suas razões. Uma gestão que contrata 118 jogadores e oito técnicos em um período de dois anos e seis meses é digna de atenção. Com tantos jogadores, porque o Fortaleza continua pecando sempre nas decisões? Com tantos técnicos, porque o time sempre vem mal taticamente e tecnicamente? É a famosa contradição. É o tradicional erro pela raiz. Contrata mal, time não rende, clube não vence. Esses são os fatos, é assim que temos vivido.
Outro dia, o Jornalista Rafael Luís traçou bem o perfil do Fortaleza. “Não se comanda clube sozinho. Hoje, para o sucesso de uma instituição de futebol, é necessário uma estrutura administrativa que permita ao clube andar com as próprias pernas, profissionalizando todos os departamentos. O destino tricolor, de queda da Série A para a C, não é surpresa para um clube que não soube aderir ao futebol-negócio. E nem é culpa restrita do atual presidente, Osmar Baquit, mas sim fruto de um regime que nenhum dirigente se esforçou para derrubá-lo em nove décadas de história.”
Tentar alavancar o patamar de uma equipe é acima de tudo ter uma direção de qualidade, que pague as dívidas do clube, impulsione o Sócio-Torcedor, efetue melhorias na estrutura e além do mais, valorize e invista nas categorias de base. É necessário também um planejamento de primeira linha, que faça com que só venha ao Fortaleza, jogadores preparados para assumir uma camisa tão pesada, e que não sinta isso de maneira alguma. E quando falo em direção, não é somente os diretores, mas também presidente e o mais importante, comissão técnica. No Fortaleza, deve prevalecer treinadores que comandem a equipe de acordo com sua grandeza.
Sem vaidades ou ressentimentos, mas que domine sempre o pensamento no torcedor Tricolor e no amor que ele têm pelo clube, que é inexplicável.
Que a partir de agora, as coisas não sejam feitas NO Fortaleza, mas sim PELO Fortaleza.
E que no final, “clube e torcida” não sejam apenas “clube e torcida”, mas que sejam guerreiros, e todos, sem exceção, num trabalho conjunto de colocar o Fortaleza novamente no lugar que merece, o topo.
“Receba um sincero,
abraço da torcida tão leal,
meu Tricolor de Aço!”
abraço da torcida tão leal,
meu Tricolor de Aço!”
Abs,
Marquinhos Souza.
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