REENCONTRO DE "BRASIL E ESPANHA" APÓS 63 ANOS NO MARACANÃ!!!
Duelo históricoReencontro de Brasil x Espanha após 63 anos no Maior do Mundo
Foi em 1950 e acabou em goleada de 6 a 1
A final da Copa das Confederações neste domingo não marcará a primeira vez que Brasil e Espanha se enfrentarão no Maracanã. O Maior do Mundo, como é carinhosamente chamado o estádio carioca, recebeu em 1950 um histórico confronto entre brasileiros e espanhóis pela fase final da Copa do Mundo.
Três dias antes do ´Maracanazo", a Seleção Brasileira atropelou os espanhóis, com dois gols de Chico, dois de Ademir, um de Jair e um de ZizinhoA final da Copa das Confederações neste domingo não marcará a primeira vez que Brasil e Espanha se enfrentarão no Maracanã. O Maior do Mundo, como é carinhosamente chamado o estádio carioca, recebeu em 1950 um histórico confronto entre brasileiros e espanhóis pela fase final da Copa do Mundo.
A Fúria não tem boas lembranças daquele dia em que os canarinhos, inspirados, golearam por 6 a 1. A partida ficou marcada pelo grito de mais de 152 mil brasileiros que cantarolavam a música "Touradas em Madri", uma marchinha de Carnaval do compositor Braguinha.
Com dois gols de Chico, dois de Ademir, um de Jair e um de Zizinho, o Brasil arrasou os europeus, mas três dias depois perdeu o título, em casa, ao cair por 2 a 1 para o Uruguai.
Conforme informações do pesquisador cearense Airton Fontenele, o Brasil entrou em campo naquele 13 de julho com Barbosa, Augusto e Juvenal; Bauer, Danilo e Bigode; Friaça, Zizinho, Ademir, Jair e Chico. O técnico era Flávio Costa. Já os espanhóis formaram com Antonio Ramallets, Gabriel Alonso e Juan Gonzalvo II; Mariano Gonzalvo III, Jose Parra e Antonio Puchades; Estanislao Basora, Silvestre Igoa, Zarra, Jose Panizo e Gainza, sob o comando de Guillermo Eizaguirre.
Encontros recorrentes
Aquela partida foi a segunda entre brasileiros e espanhóis em Copas do Mundo. Na primeira, em 1934, na Itália, a Espanha venceu por 3 a 1, eliminando o Brasil da Copa que seria vencida pelos anfitriões.
Além das duas primeiras oportunidades, o duelo ainda se repetiria outras três vezes na maior competição de futebol entre seleções do planeta.
Depois do massacre de 1950, o confronto seguinte foi o de 1962, no Chile, pela primeira fase do torneio. A partida terminaria com nova vitória brasileira, desta vez por 2 a 1, em embate repleto de lances polêmicos. Já sem Pelé - que, machucado, abandonou a Copa logo no segundo jogo, contra a Tchecoslováquia -, a Seleção só venceu porque o árbitro chileno Sérgio Bustamante não viu o pênalti claro cometido pelo lateral Nilton Santos e o mesmo juiz anulou um belo gol de bicicleta de Puskas para a Fúria.
Em 1978, o palco foi a Argentina e o placar ficou mesmo em 0 a 0 pela primeira fase do Mundial.
Por fim, no México, em 1986, mais polêmica envolveu o duelo entre brasileiros e espanhóis. Na estreia das duas equipes no torneio, o Brasil ganhou por 1 a 0, gol de Sócrates. Mas os jogadores da ´Roja´ reclamaram muito de um lance em que a bola ultrapassou claramente a linha do gol de Carlos, após belo chute da entrada da área do meia Michel.
Histórico
No histórico dos confrontos, a vantagem é brasileira. Ambos se enfrentaram oito vezes, com quatro triunfos brasileiros, dois espanhóis e dois empates. O Brasil marcou 11 gols e sofreu 8.
O último encontro entre as duas seleções foi em um amistoso em 1999, em Vigo, na Espanha, que acabou em 0 a 0.
Nove anos antes, também num amistoso em território espanhol, veio a maior vitória da Fúria sobre os brasileiros. Foi logo no primeiro amistoso do Brasil após a eliminação da Copa de 1990, na estreia do técnico Paulo Roberto Falcão. Na cidade de Gijón, tranquilo triunfo da Espanha por 3 a 0.
Último jogo
Airton Fontenele acrescenta que um cearense fez parte do último jogo entre Espanha e Brasil, o atacante Jardel.
O jogo ainda marcou a estreia do goleiro Marcos, que viria a ser o titular na conquista do pentacampeonato três anos depois, na Copa da Coreia do Sul/Japão - na Seleção Brasileira.
O Brasil formou com Marcos; Cafu, Antônio Carlos, Aldair e Roberto Carlos; Emerson, Marcos Assunção, Zé Roberto (Giovani) e Rivaldo (Elias); Elber e Anderson (Jardel). O técnico da Seleção foi Candinho.
Airton Fontenele acrescenta que um cearense fez parte do último jogo entre Espanha e Brasil, o atacante Jardel.
O jogo ainda marcou a estreia do goleiro Marcos, que viria a ser o titular na conquista do pentacampeonato três anos depois, na Copa da Coreia do Sul/Japão - na Seleção Brasileira.
O Brasil formou com Marcos; Cafu, Antônio Carlos, Aldair e Roberto Carlos; Emerson, Marcos Assunção, Zé Roberto (Giovani) e Rivaldo (Elias); Elber e Anderson (Jardel). O técnico da Seleção foi Candinho.
Neymar brilha, encanta a torcida e o técnico Felipão
Neymar chegou à Copa das Confederações com um repertório de conquistas admirável para alguém de 21 anos: campeão várias vezes com o Santos, milionário, conhecido no mundo todo.O atacante Neymar foi o autor de três gols na primeira fase da Copa das Confederações, tendo sido considerado o melhor em campo, e participou do lance dos dois gols no confronto contra o Uruguai na semifinal Foto: WALESKA SANTIAGO
Mas havia gente achando que ele precisava fazer mais. Essa turma numerosa cismava que o prodígio ainda não havia brilhado o suficiente nas grandes ocasiões. Pois Neymar está cuidando de acabar com isso a seu modo: desequilibrando jogos importantes da Seleção Brasileira.
Três minutos de Copa das Confederações bastaram a Neymar para mostrar ao Mundo que ele havia decidido fazer do evento-teste para o Mundial de 2014 o ponto de virada da sua carreira. O golaço contra o Japão deu início a uma trajetória triunfante do garoto de Mogi das Cruzes (SP) na competição, em que foi decisivo até quando não brilhou.
Foi o caso do jogo contra o Uruguai, em que um Neymar muito bem marcado não esteve à altura dele mesmo nas três primeiras partidas do torneio. Ainda assim, o craque participou dos lances dos dois gols.
Felipão
Fora dos gramados, o comportamento de Neymar também tem sido louvável. Luiz Felipe Scolari, que pela primeira vez tem a chance de conviver com o jovem craque por um período prolongado, está encantado com o seu pupilo mais talentoso.
Embora já tenha trabalhado com uma enorme quantidade de atletas consagrados, Felipão ficou está impressionado com o assédio a Neymar. O gaúcho constatou como o jogador deixou de ser um craque e se tornou um ícone cultural, um ídolo que arrasta pequenas multidões por onde vai. "A vida desse menino é um inferno", comentou Scolari.
"Nos hotéis em que a Seleção se concentra, ele não pode nem colocar o pé para fora do quarto. Se ele aparecer no saguão, vira uma loucura. E se ele for para a rua, então..."
Xavi entra para história do futebol espanhol
O jogador Xavi Hernández já entrou na história do futebol espanhol. Atleta que mais vestiu a camisa do Barcelona, mais ganhou títulos pelo time espanhol, jogou três Copas Mundiais, e ganhou a Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. E fora duas Eurocopas, em 2008 e 2012.
Xavi, de 33 anos, terá a última chance para ganhar o único título que falta na carreira FOTO: WALESKA SANTIAGO
Ele conquistou tudo pela Espanha e Barcelona. Só falta a Copa das Confederações e, neste domingo, aos 33 anos, Xavi terá sua última chance.
O meia já anunciou que não disputa a edição de 2017, na Rússia. Seu contrato com o Barcelona vai até 2016, quando estará com 36 anos, e ele quer encerrar a carreira no clube catalão.
Motivado por enfrentar o Brasil, Xavi disse esta semana que a Espanha tem uma "espinha engasgada" há quatro anos, referindo-se à eliminação para os EUA nas semifinais da Copa das Confederações 2009. A Fúria ganhou o 3º lugar - pouco para um time acostumado a encantar o mundo nos últimos anos.
´La Roja´ carrega tabu para a final
Para conquistar o tetracampeonato da Copa das Confederações, o Brasil terá pela frente um tabu que dura desde antes da Copa do Mundo de 2010.
O goleiro Casillas tentará manter a escrita de não tomar gols em partidas eliminatórias FOTO: WALESKA SANTIAGO
Mais do que a invencibilidade de 29 jogos oficiais que ostenta, a seleção espanhola não toma gols em mata-mata (duelos eliminatórios) desde junho de 2009, quando a defesa foi vencida na disputa do terceiro lugar da Copa das Confederações: vitória de 3 a 2 sobre a África do Sul.
De lá para cá, são oito partidas eliminatórias em que o gol espanhol não é vazado.
Foram quatro mata-matas na Copa de 2010, três duelos da Eurocopa-2012 e a vitória nos pênaltis sobre a Itália, ontem, após um 0 x 0 no tempo normal e na prorrogação.
Na Copa africana, chegou ao título com triunfos por 1 a 0: Portugal (oitavas), Paraguai (quartas), Alemanha (semifinal) e Holanda (final).
Conhecida pelo futebol de posse de bola e muita troca de passes, a Espanha é pouco valorizada por sua solidez defensiva. Mas desde a Copa-2010, contando as fases de grupos, sofreu apenas quatro gols.
Del Bosque
Vicente del Bosque assumiu a seleção espanhola em julho de 2008, logo após o triunfo da equipe na Eurocopa daquele ano. Sabia que tinha um grande time na mão, mas também entendia a responsabilidade em substituir Luis Aragonés, que foi treinar o Fenerbahçe, da Turquia.
Mais do que fazer a Espanha jogar bem, o comandante conseguiu uma hegemonia internacional que se consolidará com o título da Copa das Confederações. "Vamos tentar impor o nosso jogo no Maracanã", avisou.
Saiba mais
Protesto
Manifestantes do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas do Rio de Janeiro informaram que está previsto para às 10h de hoje um ato de protesto no entorno do estádio do Maracanã. A concentração será na praça Saens Peña
Ingresso ´SALGADO´
Os 79.052 ingressos para assistir à final da Copa das Confederações estão esgotados. No entanto, alguns ainda são vendidos através da internet com preços muito inflacionados, que variam entre R$ 1.000 e R$ 19.000
Polícia
A Polícia Militar irá mobilizar o maior efetivo da história da corporação para um jogo no estádio do Maracanã. Dez mil homens irão atuar no entorno do estádio e na cidade
IVAN BEZERRA
REPÓRTER
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