CASO BRUNO - O JULGAMENTO!!!
CASO BRUNO: O JULGAMENTO
Deslizes e falta de confissão dificultam redução de pena
Com o depoimento de ontem, o
goleiro Bruno Fernandes tentou a redução de sua pena, mas em uma fala cheia de
contradições, ele pode não ter convencido o conselho de sentença de que é
inocente. As perguntas feitas pelos jurados ao jogador indicam que eles não
acreditaram na versão do acusado, e as respostas evasivas de Bruno podem ter
complicado ainda mais a sua situação diante daqueles que irão decidir o seu
destino. Especialistas ouvidos pela reportagem acreditam em uma condenação
rigorosa.
Os jurados fizeram mais de 20 perguntas ao jogador, demonstrando que estavam atentos às provas e aos depoimentos. Uma delas foi sobre o motivo pelo qual o goleiro começou a chamar Bruninho por Rian Yuri. O réu respondeu que quis protegê-lo e, em seguida, titubeou: "Sabia que, mais cedo ou mais tarde, as investigações iam chegar à criança. Não tenho como explicar. Eu tentei...", disse Bruno. A juíza completou: "despistar?". O goleiro confirmou: "É, despistar".
O júri quis saber porque Bruno deu uma entrevista antes de ser preso afirmando não saber do paradeiro de Eliza, sendo que ele já tinha conhecimento do crime. O réu respondeu que estava assustado. O corpo de sentença perguntou ainda quando Bruno acreditava ter sido omisso e permissivo. Ele gaguejou e demorou a formular uma resposta. "O Macarrão xingava Eliza. Eu soube disso antes da morte dela, mas não fiz nada", contou o goleiro.
Para o jurista Luíz Flávio Gomes, o grande número de perguntas feitas pelos jurados não é comum e pode indicar dúvidas. "Demonstra que eles buscavam certeza para dar o veredito, pois não se convenceram. No entanto, isso também pode demonstrar que a estratégia da defesa não foi tão ruim, uma vez que, na dúvida, é difícil incriminar alguém", analisou.
Já para o criminalista Marco Meirelles, Bruno está ameaçado. "Eles estavam se certificando para fechar a tampa do caixão. A estratégia foi errada e ele vai pegar a pena máxima", disse. Mas para o especialista em direito penal Adilson Rocha, o fato de o goleiro revelar o autor do crime pode amortizar sua pena.
Mentira. "É claro que ele (Bruno) está mentindo. O Macarrão é um coitado, que só fazia o que o Bruno mandava", disse José Arteiro, assistente de acusação.
Para o advogado do goleiro, Lúcio Adolfo Silva, Bruno deve ser sentenciado a uma pena mínima. "Acho que ele deve ser condenado a algo em torno de oito a dez anos de prisão, pois ele teve uma participação de menor importância nesse crime. Tentarei derrubar as qualificadoras de homicídio no debate", informou.
O júri do goleiro será retomado hoje, às 9h, com os debates entre a defesa e a acusação.
Os jurados fizeram mais de 20 perguntas ao jogador, demonstrando que estavam atentos às provas e aos depoimentos. Uma delas foi sobre o motivo pelo qual o goleiro começou a chamar Bruninho por Rian Yuri. O réu respondeu que quis protegê-lo e, em seguida, titubeou: "Sabia que, mais cedo ou mais tarde, as investigações iam chegar à criança. Não tenho como explicar. Eu tentei...", disse Bruno. A juíza completou: "despistar?". O goleiro confirmou: "É, despistar".
O júri quis saber porque Bruno deu uma entrevista antes de ser preso afirmando não saber do paradeiro de Eliza, sendo que ele já tinha conhecimento do crime. O réu respondeu que estava assustado. O corpo de sentença perguntou ainda quando Bruno acreditava ter sido omisso e permissivo. Ele gaguejou e demorou a formular uma resposta. "O Macarrão xingava Eliza. Eu soube disso antes da morte dela, mas não fiz nada", contou o goleiro.
Para o jurista Luíz Flávio Gomes, o grande número de perguntas feitas pelos jurados não é comum e pode indicar dúvidas. "Demonstra que eles buscavam certeza para dar o veredito, pois não se convenceram. No entanto, isso também pode demonstrar que a estratégia da defesa não foi tão ruim, uma vez que, na dúvida, é difícil incriminar alguém", analisou.
Já para o criminalista Marco Meirelles, Bruno está ameaçado. "Eles estavam se certificando para fechar a tampa do caixão. A estratégia foi errada e ele vai pegar a pena máxima", disse. Mas para o especialista em direito penal Adilson Rocha, o fato de o goleiro revelar o autor do crime pode amortizar sua pena.
Mentira. "É claro que ele (Bruno) está mentindo. O Macarrão é um coitado, que só fazia o que o Bruno mandava", disse José Arteiro, assistente de acusação.
Para o advogado do goleiro, Lúcio Adolfo Silva, Bruno deve ser sentenciado a uma pena mínima. "Acho que ele deve ser condenado a algo em torno de oito a dez anos de prisão, pois ele teve uma participação de menor importância nesse crime. Tentarei derrubar as qualificadoras de homicídio no debate", informou.
O júri do goleiro será retomado hoje, às 9h, com os debates entre a defesa e a acusação.
Referência de Bruno a Bola
complica vida de ex-policial
A
indicação pelo goleiro Bruno Fernandes, ontem, de que Marcos Aparecido dos
Santos, o Bola, "foi a pessoa contratada por Luís Henrique Romão, o Macarrão,
para matar Eliza", complica a situação do ex-policial em seu julgamento, marcado
para o dia 22 de abril.
Antes do depoimento de Bruno, a defesa de Bola comemorava o fato de o ex-policial não ter sido citado por nenhum dos réus. "Desejo ao Bruno a mesma coisa que desejo ao meu cliente. A absolvição de um crime que não houve", disse o advogado Ércio Quaresma. Mais tarde, ele afirmou que não esperava o ato do goleiro e ficou irritado. "Eu vou foder com o acordo", afirmou, referindo-se ao combinado que existia de não citar o nome do ex-policial. Quaresma fez perguntas a Bruno na sessão de ontem, mas o goleiro se negou a responder e, inclusive, pediu para sair do plenário. O defensor continuou fazendo uma série de perguntas se dirigindo à cadeira vazia onde ficava o réu, apenas para constar em ata.
Zezé. Ontem, Bruno contou que conhecia o policial aposentado José Lauriano, o Zezé, desde 2009. Segundo o jogador, Zezé esteve no sítio duas vezes, e o grupo de pagode dele, "Os Neguinhos", fez apresentações no local. (NO/TT/JS/JC)
Antes do depoimento de Bruno, a defesa de Bola comemorava o fato de o ex-policial não ter sido citado por nenhum dos réus. "Desejo ao Bruno a mesma coisa que desejo ao meu cliente. A absolvição de um crime que não houve", disse o advogado Ércio Quaresma. Mais tarde, ele afirmou que não esperava o ato do goleiro e ficou irritado. "Eu vou foder com o acordo", afirmou, referindo-se ao combinado que existia de não citar o nome do ex-policial. Quaresma fez perguntas a Bruno na sessão de ontem, mas o goleiro se negou a responder e, inclusive, pediu para sair do plenário. O defensor continuou fazendo uma série de perguntas se dirigindo à cadeira vazia onde ficava o réu, apenas para constar em ata.
Zezé. Ontem, Bruno contou que conhecia o policial aposentado José Lauriano, o Zezé, desde 2009. Segundo o jogador, Zezé esteve no sítio duas vezes, e o grupo de pagode dele, "Os Neguinhos", fez apresentações no local. (NO/TT/JS/JC)
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