BALANÇO DE LONDRES E OLHO EM 2016!!!

BALANÇO DE LONDRES E OLHO EM 2016!!!

Sarah Menezes (Ouro), Arthur Zanetti (Ouro) e Fabiana Murer (Decepção)

O Brasil terminou as Olimpíadas de Londres na 22ª colocação no quadro geral de medalhas, com 17 conquistas (3 ouros, 5 pratas e 9 bronzes). Com o fim dos Jogos, ganhou o status de epicentro olímpico por conta da edição de 2016, no Rio de Janeiro. Mas ainda está longe de ser uma potência esportiva.

Abaixo, listo 10 bons retrospectos e 5 decepções brasileiras em Londres. Lições que ficam para um melhor retrospecto daqui a quatro anos.

FIZERAM BONITO

1 – Arthur dourado
O Brasil já desponta na ginástica artística em competições como mundiais e Copa do Mundo, mas sempre derrapou nas Olimpíadas. A medalha de ouro de Arthur – especialista nas argolas – incentiva um esporte que dará muitas medalhas nos Jogos de olho em 2016.

2 – Ressurgimento do boxe
Outro esporte que concede muitas medalhas e do qual o Brasil passava longe em Olimpíadas. Com a prata de Esquiva Falcão e os bronzes de Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo o Brasil colocou fim a um tabu que vinha desde o bronze de Servílio de Oliveira, em 1968. O investimento deve aumentar.

3 – Gigantes
Tanto o vôlei masculino como o feminino chegaram em baixa em Londres. Mas mostraram porque são muito respeitados. Com campanhas de recuperação, as mulheres ficaram com o ouro e o homens com a prata.

4 – Tradição no tatame
Brasil manteve a tradição e fez sua melhor campanha no esporte. A piauiense Sarah Menezes trouxe o ouro logo no primeiro dia dos jogos. Felipe Kitadai, Rafael Silva e Mayra Aguiar levaram o bronze.

5 – Fenômeno Scheidt
O “Alemão” chegou à quinta medalha em Olimpíadas, com o bronze na classe Star, ao lado de Bruno Prada. Com isso igualou o recorde de medalhas do também iatista Torben Grael.

6 – Praia brazuca
Na arena mais bacana em Londres os brasileiros tiveram papel de destaque. Das quatro duplas, duas saíram com medalhas. Alison e Emanuel (prata) e Juliana e Larissa (bronze) mostraram que podiam até chegar mais longe.

7 – Grande Yane
A pernambucana Yane Marques conquistou a 17ª e última medalha do Brasil em Londres, o bronze no pentatlo moderno. Um feito para quem disputa um esporte tão competitivo e pouco difundido no Brasil.

8 – Perdemos com honra
O basquete masculino e o handebol feminino fizeram bonito nas fases de classificação. Mas pesou a falta de experiência em momentos de decisão nos mata-matas. Fica a lição para o Rio.

9 – Natação
A participação poderia ter sido melhor – Bruno Fratus e Felipe França bateram na trave e Cesar Cielo ficou com um bronze nos 50m livre– mas Thiago Pereira conseguiu uma prata redentora nos 4x200m medley.

10 – Maratona
A medalha não veio, mas a participação foi boa, com três atletas entre os 13 primeiros.

AS DECEPÇÕES

1 – Futebol
O time feminino passou aos trancos e barrancos pela primeira fase e ficou nas quartas de final diante do Japão. O masculino foi até a decisão mas perdeu o ouro para o México, único adversário competitivo que teve pela frente.

2 – Atletismo
O País não conseguiu medalha e as estrelas Maurren Maggi e Fabiana Murer decepcionaram, nem chegando às finais. Dos 36 atletas, foram apenas três finalistas, por sinal.

3 – Ginástica
O ouro de Arthur Zanetti salvou a lavoura, mas Diego e Daniele Hypólito estiveram muito abaixo do que podem render.

4 – Basquete feminino
Uma equipe esforçada, mas sem talentos individuais (fora a pivô Érica) que nem lembra a geração de Paula e Hortência.

5 – Leandro Guilheiro
Com dois bronzes olímpicos, o judoca chegou como líder do ranking no meio-médio e favorito à final. Ficou nas quartas.

Por: Ciro Câmara
15.08.12 21:53