RENAN VIEIRA - Separação Traumática!!!
Separação traumática.- Renan Vieira deixa hoje a presidência do Fortaleza debaixo de críticas e com muitas mágoas acumuladas
Renan Vieira (Foto) lamenta a falta de apoio à sua gestão no ano de 2010, o que dificultou a condução do clube.
No final de 2009, Renan Vieira assumiu a presidência do Fortaleza. E herdou um clube em crise, recém-rebaixado para a Série "C" do Brasileiro e sem fôlego financeiro. Agora, um ano despois, ele deixa o cargo num cenário igualmente tenso. No currículo, um título estadual, a frustração de não ter recolocado do time na Série "B" e muitas dívidas. Em entrevista ao O POVO, o dirigente fez um balanço da sua gestão.
Para o ainda presidente do Fortaleza (entrega o cargo hoje à noite), as críticas ao longo do ano foram injustas. Segundo ele, no principal alvo de reclamações, a campanha na Série "C", faltou sorte ao time. “Fiz o time mais caro, para brigar até pelo título. Infelizmente não deu certo. Tivemos muitas contusões”, justifica. “Era preciso ter paciência e reconhecer que houve uma fatalidade”, completa.
Renan Vieira admite que se arrepende de ter assumido o Fortaleza. Na sua avaliação, no entanto, ele não faz uma autocrítica. Apenas garante que era quase impossível gerir o clube sozinho, como acabou acontecendo. “Fiquei sozinho e ainda proporcionei o tetra. É muita ingratidão”, lamenta. “Bati à porta de muita gente e ninguém ouviu minhas lamentações”, diz. “Não vejo esses defeitos todos em mim. Não pequei por omissão”, afirma.
O presidente tricolor não sabe explicar o motivo do isolamento no cargo. E ainda alfineta a futura diretoria. “É muito fácil falar. Hoje quem tá lá tem ajuda. Foi só eu sair que apareceu político, empresário e todo tipo de gente para ajudar”, cutuca Renan Vieira.
Quanto ao fato de ter ficado no cargo até o último dia, Renan é enfático. “Tinha que esperar o resto do dinheiro do ano (do Governo do Estado). Fui eu que conquistei então eu que tinha que resolver o que pagar com ele”, diz.
Daqui para frente, o dirigente tem certeza de que o futebol não fará parte da sua rotina por um bom tempo. “Vou dar uma saída de futebol, sem participar de nada e sem nem passar perto de estádio”, confessa Renan Vieira, com a voz cansada (mas aliviada).
EM ALTA
DINHEIRO BEM VINDO
Com os R$350 mil que recebeu do Governo, Renan pôde pagar encargos e salários de funcionários.
EM BAIXA
CRÍTICA PESSOAL
Renan Vieira não reconhece erros na sua gestão. Sua análise opta por rotular de “infelicidade” o fracasso em 2010.
Bruno Formiga
brunoformiga@opovo.com.br
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