ESPORTE É SAÚDE, MAS PRIMEIRO A SAÚDE!!!
BOLA FORA: ESPORTE É SAÚDE, MAS PRIMEIRO A SAÚDE
Só a transferência de um jogador do time de futsal de Aracati custou R$9 mil
Esta semana os noticiários destacaram a questão de se permitir ou não a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil. Os Conselhos de Medicina são 100% contrários por razões perfeitamente compreensíveis. O Governo Federal, autor da proposta, estuda a possibilidade de instituir o "revalida" - prova obrigatória a ser ministrada a todos os proponentes não nacionais. Ou seja, só poderia clinicar no país aquele que obtivesse aprovação na consulta. A defasagem, como sabemos, é enorme. Demanda mil vezes maior que a oferta.
As filas em postos de saúde e hospitais se multiplicam em toda parte. O que se sabe é que para tirar um médico do âmbito da capital ou, no mínimo, da região metropolitana, o trabalho de convencimento tem de ser grandioso. A indisposição dos profissionais em aceitarem propostas advindas de prefeituras interioranas se dão, no dizer dos próprios médicos, por duas razões significativas: a distância dos grandes centros e, claro, pelas péssimas condições de trabalho. Há ainda a impossibilidade de prosseguirem seus estudos em cursos de especialização e afins. É fato. Afinal, o médico estuda para possibilitar a cura, não para fazer milagres.
Ao aceitar uma proposta de uma prefeitura interiorana, um profissional percebe mensalmente algo entre R$ 8mil e R$10 mil livres. Os classificados dos jornais estão cheios de ofertas ainda mais tentadoras - número predeterminado de atendimentos dia, previsão antecipada de folgas, combustível, aluguel de casa e outros mimos. Soube de um caso que ao chegar numa cidadezinha da zona Norte, um médico foi recebido com flores ofertadas por criancinhas e desfilou em carro aberto, com direito a banda de música, foguetório e discursos inflamados. Semideus. Tirando o exagero no qual muitos se apegam e, por conta, se acham, tenho plena convicção que essa turma é merecedora de toda nossa consideração e respeito.
Pois bem, enquanto se movem céus e terra em busca dos homens e mulheres de bata, com dinheiro escasso, Aracati se supera no quesito esquisitice. Com visíveis contrariedades em nossa saúde, a prefeitura cismou e trouxe um jogador para integrar o elenco do nosso time de futsal cuja transferência custou R$9 mil. Sim, somente para se desvincular de seu ex-clube o atleta custou o valor mensal de um médico. E não estou falando do valor do contrato que, pelo que dizem, gira em torno de R$5 mil por 30 dias trabalhados. Nessa mesma toada virão outros três na próxima semana (um deles disse que só vinha caso a mulher conseguisse emprego na Prefeitura. Deu certo, pois as malas já estão prontas). O time é bom, eu sei. É goleada por cima de goleada. Mas, por esse preço, não tem cristão que aguente. E é porque não falamos dos dispêndios com os outros integrantes do quadro e da comissão técnica, aluguel de casa, alimentação, traslados e outras tantas besteirinhas que só encarecem os gols que comemoramos. Sim, eu gosto de futsal. Torço pelo Aracati. Mas, entre se pagar um carinha pra correr atrás de uma bola e um médico para aliviar o sofrimento de um filho (até porque pediatra na cidade hoje é coisa raríssima), sem dúvida, a segunda opção é mais plausível.
De quebra, colunistas dos jornalões estão quase por atribuir ao prefeito de Aracati façanhas típicas do Midas da Grécia antiga. E o alcaide, com o ego massageado ao extremo, nunca mais visitou o HMED para saber como vai o povo que precisa de atendimento, muito menos se fez presente nos postos de saúde, a não ser para inaugurar o que já estava pronto na Cohab. Claro que ele também não sabe se existem atrasos salariais. Talvez não tenha conhecimento que um outro fajuto prestador de serviços recebe R$ 7.500,00/mês para divulgar as ações da secretaria na mídia. Que mídia? Já que o assunto é futebol e saúde, e ainda pela Saúde, não me perguntem qual a situação da Policlínica, por favor, senão eu conto. Mas isso é assunto para outro dia. Lá já se foram 5 parágrafos. É cansativo, eu sei. Chega por hoje.
Só a transferência de um jogador do time de futsal de Aracati custou R$9 mil
Esta semana os noticiários destacaram a questão de se permitir ou não a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil. Os Conselhos de Medicina são 100% contrários por razões perfeitamente compreensíveis. O Governo Federal, autor da proposta, estuda a possibilidade de instituir o "revalida" - prova obrigatória a ser ministrada a todos os proponentes não nacionais. Ou seja, só poderia clinicar no país aquele que obtivesse aprovação na consulta. A defasagem, como sabemos, é enorme. Demanda mil vezes maior que a oferta.
As filas em postos de saúde e hospitais se multiplicam em toda parte. O que se sabe é que para tirar um médico do âmbito da capital ou, no mínimo, da região metropolitana, o trabalho de convencimento tem de ser grandioso. A indisposição dos profissionais em aceitarem propostas advindas de prefeituras interioranas se dão, no dizer dos próprios médicos, por duas razões significativas: a distância dos grandes centros e, claro, pelas péssimas condições de trabalho. Há ainda a impossibilidade de prosseguirem seus estudos em cursos de especialização e afins. É fato. Afinal, o médico estuda para possibilitar a cura, não para fazer milagres.
Ao aceitar uma proposta de uma prefeitura interiorana, um profissional percebe mensalmente algo entre R$ 8mil e R$10 mil livres. Os classificados dos jornais estão cheios de ofertas ainda mais tentadoras - número predeterminado de atendimentos dia, previsão antecipada de folgas, combustível, aluguel de casa e outros mimos. Soube de um caso que ao chegar numa cidadezinha da zona Norte, um médico foi recebido com flores ofertadas por criancinhas e desfilou em carro aberto, com direito a banda de música, foguetório e discursos inflamados. Semideus. Tirando o exagero no qual muitos se apegam e, por conta, se acham, tenho plena convicção que essa turma é merecedora de toda nossa consideração e respeito.
Pois bem, enquanto se movem céus e terra em busca dos homens e mulheres de bata, com dinheiro escasso, Aracati se supera no quesito esquisitice. Com visíveis contrariedades em nossa saúde, a prefeitura cismou e trouxe um jogador para integrar o elenco do nosso time de futsal cuja transferência custou R$9 mil. Sim, somente para se desvincular de seu ex-clube o atleta custou o valor mensal de um médico. E não estou falando do valor do contrato que, pelo que dizem, gira em torno de R$5 mil por 30 dias trabalhados. Nessa mesma toada virão outros três na próxima semana (um deles disse que só vinha caso a mulher conseguisse emprego na Prefeitura. Deu certo, pois as malas já estão prontas). O time é bom, eu sei. É goleada por cima de goleada. Mas, por esse preço, não tem cristão que aguente. E é porque não falamos dos dispêndios com os outros integrantes do quadro e da comissão técnica, aluguel de casa, alimentação, traslados e outras tantas besteirinhas que só encarecem os gols que comemoramos. Sim, eu gosto de futsal. Torço pelo Aracati. Mas, entre se pagar um carinha pra correr atrás de uma bola e um médico para aliviar o sofrimento de um filho (até porque pediatra na cidade hoje é coisa raríssima), sem dúvida, a segunda opção é mais plausível.
De quebra, colunistas dos jornalões estão quase por atribuir ao prefeito de Aracati façanhas típicas do Midas da Grécia antiga. E o alcaide, com o ego massageado ao extremo, nunca mais visitou o HMED para saber como vai o povo que precisa de atendimento, muito menos se fez presente nos postos de saúde, a não ser para inaugurar o que já estava pronto na Cohab. Claro que ele também não sabe se existem atrasos salariais. Talvez não tenha conhecimento que um outro fajuto prestador de serviços recebe R$ 7.500,00/mês para divulgar as ações da secretaria na mídia. Que mídia? Já que o assunto é futebol e saúde, e ainda pela Saúde, não me perguntem qual a situação da Policlínica, por favor, senão eu conto. Mas isso é assunto para outro dia. Lá já se foram 5 parágrafos. É cansativo, eu sei. Chega por hoje.
COMENTÁRIOS
Jr Coutinho E ainda tem a reforma da Cancha, e vem por ai o futebol de campo... Afinal somos uma cidade querendo progredir ou um clube de futebol a se chegar a gastos padrão fifa... As manifestações parece que não foram vistas por essas bandas... O pão e circo esta sendo constante . Acorda Aracati.
Tácito Forte
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20/07/2013
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