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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

VAIAR OU ENCENTIVAR!!!

*** FALA GRAZIANI ***

O torcedor brasileiro reclama demais.
Com ou sem razão, o fato é que as vaias e xingamentos são constantes quanto há algum tipo de insatisfação. O comportamento é muito diferente dos torcedores argentinos, por exemplo, que incentivam loucamente seus times até o apito final, independente do placar. Já tive chance de ver jogos de futebol em vários países da Europa. Recentemente estive na França, na Espanha, em Portugal e vi torcedores passivos, mesmo com seus times atuando mal. Já os jogos da Copa não são parâmetros porque o perfil de público é completamente diferente. E com as amalucadas e patéticas vuvuzelas, ninguém ouvia protesto nenhum, mesmo porque nada ocorreu neste nível.

Me lembro a vez – foi a única – que quase apanhei num jogo de futebol. O ano era 1992 e o estádio era o Morumbi. O Palmeiras fazia seu terceiro gol numa goleada sobre o São Paulo de Telê por 4 x 0. Eu, indignado, sufocado e revoltado, comecei a aplaudir ironicamente e a xingar a defesa do São Paulo. Pronto, foi o que bastou para as ameaças começarem. Ameaças de torcedores que se ofenderam com a minha atitude, porque entendiam que era preciso apoiar ou, pelo menos, ficar quieto. O negócio ficou feio e por pouco não voltei para casa com alguns problemas físicos, além da dor na alma pela derrota humilhante.

Quando me recordo deste episódio sou solidário aos dois tipos de torcedores do Ceará que têm travado debates muito bons aqui no Blog Gol sobre incentivar ou apoiar o time na partida contra o Vasco, neste sábado, no Castelão. Há opiniões extremadas, apaixonadas, revoltadas, indignadas e também as equilibradas. O que me parece fundamental é o respeito e desde que não atrapalhe o outro, cada um tem o direito de reagir da forma que achar melhor. É espetacular ver times argentinos perdendo e seus torcedores apoiando, cantando sem parar. Reclamar, protestar, apenas depois da partida. Eu nunca agi assim nos bons tempos de frequentador assíduo do Morumbi, sinceramente, mas hoje já me comporto de maneira completamente neutra, mesmo vendo pela TV. Não lamento um gol sofrido, nem comemoro gol feito. Só fico indignado com a ruindade. Mas é uma indignação silenciosa.

Ainda sobre o jogo de sábado, o que não deve sair da cabeça do torcedor é que o Ceará está invicto como mandante e em sétimo lugar da Série "A", uma boa e importante colocação. E vai receber um adversário que está invicto depois da Copa, sob o comando de PC Gusmão. E é claro que a presença do treinador no banco do Vasco é um ingrediente importante nesta relação atual com o técnico Mário Sérgio, que tem sido duramente criticado nas arquibancadas e não apenas por gente que é induzida por outros interesses, o que é muito lamentável e sabemos que ocorre, mas também por torcedores que têm opinião própria e não gostam do trabalho do treinador, assim como há pessoas que gostam, admiram, enxergam como positivas as mudanças neste cinco jogos e também se manifestam.

Há um outro aspecto que precisa ser considerado: jogador de futebol de time nenhum deve se incomodar com as vaias. Eles são profissionais e precisam estar preparados, precisam de frieza e devem ser cobrados por isso. E justificar resultados ruins de um time por pressão caseira, ou o chamado “fogo-amigo” é uma desculpa esfarrapada, tanto quanto achar que a imprensa é culpada (na verdade, aqui a situação é risível, uma justificativa desesperada) por um eventual rendimento baixo seja de que time for. Agora, que um comportamento positivo da torcida tem possibilidades de ajudar, isso também deve ser colocado na balança, porque realmente ajuda em muitos casos.

Para encerrar, eu pergunto, honestamente, o que é, afinal, torcer para um time de futebol? Bom, é admirar uma entidade particular que não dá nada em troca pra ninguém, cujo os torcedores não se envolvem diretamente nas decisões e, eventualmente, são usados como justificativas de fracassos. E mesmo assim ficamos mal quando o time perde e bem quando ganha, abrindo espaço para as chamadas provocações (das mais saudáveis até as mais violentas e mortais) contra outras pessoas que também admiram uma outra entidade particular. No fundo, pensando bem, é tudo completamente bizarro.

E justamente por isso, a melhor coisa é ter calma e tranquilidade nessa hora. Vaiando ou não.

Fernando Graziani
"Vaiar ou Encentivar"

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