INTERNACIONAL É "BI-CAMPEÃO"!!!
INTERNACIONAL É BI-CAMPEÃO DA TAÇA LIBERTADORES DA AMÉRICA.- O capitão Bolíva (Foto), ergue o trféu de Campeão da Américas.
O Chivas bem que tentou botar água no chope colorado. E quase conseguiu. Omar Bravo chegou a abrir o placar com um golaço, assustando a todo o Beira-Rio, lotado para a grande final. Mas o Inter foi maior. E virou o jogo. Com gols de Sóbis, Giuliano e do estreante em Libertadores Leandro Damião. Com o 3 a 2 no placar, a festa foi completa no estádio. O Internacional se sagrou bi-campeão da Copa Libertadores.
O primeiro título colorado aconteceu há quatro anos, contra o São Paulo. Tanto em 2006 como neste ano, a taça foi conquistada em casa, em Porto Alegre. Neste ano, inclusive
Impressionante, de verdade, foi o apoio da torcida colorada, que fez, literalmente, o Beira-Rio balançar. Com gritos de incentivos e a tradicional canção adaptada do Mamonas Assassinas: “Inter, estaremos contigo...”, os colorados fizeram seu papel muito bem na arquibancada. E foram retribuídos em campo, com um time disposto e vencedor.
A conquista colorada marca o fim de um tabu para times brasileiros na Libertadores. Já faziam onze anos que o último canarinho vencia a competição diante de um estrangeiro. Nesta quarta, em cima do Chivas Guadalajara, do México, o Inter pôs fim a essa escrita.
Desde domingo, quando Tinga saiu machucado de campo contra o Fluminense, no Rio, Celso Roth e a torcida colorada não sabiam, ainda, se poderiam contar com o volante e o atacante Alecsandro, que sentiu a coxa no primeiro jogo da decisão, para a partida decisiva no Beira-Rio. O saldo final foi equilibrado, já que Tinga se recuperou e Alecsandro não. Com isso, Giuliano começou o jogo no banco de reservas e Rafael Sobis como titular, no lugar do camisa 9.
Os momentos que antecederam a partida foram de rivalidade entre as duas equipes. Perfilados para as execuções dos hinos nacionais, tudo estava tranqüilo até o hino mexicano ser cortado no meio. Em resposta, no meio da execução do hino brasileiro, o atacante mexicano Bofo Bautista saiu da fila, tomando, após o fim do hino, uma imensa vaia e uma chuva de insultos por parte da revoltada torcida colorada.
A partida também marcou a despedida de Sandro, negociado com o Tottenham Hottspur, da Inglaterra, e que só estava esperando o fim da Libertadores para se transferir ao seu novo clube. Outro que tem propostas e pode sair é o goleiro Lauro, hoje terceiro reserva do Inter.
Marcando no campo de ataque sob pressão, o Inter começou melhor a partida, mas, aos poucos, foi dando prioridade à cautela, fazendo com que o Chivas se soltasse mais. Aos 12, Bautista roubou boa bola de Sandro, que já havia cabeceado uma bola perigosa ao gol mexicano, e chutou perigosamente, obrigando a Renan fazer boa defesa.
Com muitas faltas e pegadas dignas de uma competição sul-americana, o jogo era tenso, sem muitas chances de gol para os dois lados. E elas só voltariam a aparecer em um lindo chute de Fabian, de longa distância, que quase calou o Gigante da Beira-Rio. Os erros colorados eram a chave para a melhor do Chivas no jogo. Aos 23, quase um golaço como resposta colorada: D’Alessandro lançou Tinga pela direita, que se livrou de dois marcadores com um só drible e rolou para Sóbis. O atacante fez um bonito corta-luz para Taison, que chutou com perigo para a defesa de Michel.
Aos 26, D’Alessandro bateu falta com força, a bola desviou na barreira e quase entrou. No lance seguinte, após escanteio cobrado, a zaga afastou mal e Bolívar quase marcou no rebote. O Colorado voltava a tomar conta do jogo. Aos 37, o argentino voltou a assustar os mexicanos. Após fazer boa jogada pela direita, cruzou de direita para Sóbis, que via o gol vazio. Para azar do Inter, o capitão Reynoso afastou o perigo antes que ele se tornasse iminente.
Aos 41, a arbitragem colombiana viu a bola sair de forma incorreta, ignorando um pênalti claro de Michel em Sóbis. Um minuto depois, o sempre perigoso Fabián fez uma pintura em pleno Beira-Rio. Após escorada de Bravo, o camisa 8 mexicano, num voleio excepcional, abriu o placar, calando, por alguns minutos, o estádio vermelho. Contudo, a torcida jamais abandonou o time e, ao fim da primeira etapa, indo para o vestiário, os jogadores ouviram: “ Colorado, colorado, nada vai nos separar...”.
Logo no primeiro minuto do segundo tempo, Taison arrancou bonito e chutou forte, mas em cima do goleiro Michel. Aos 8, Kléber caiu pelo meio e enfiou ótimo bola para Sóbis, que quase driblou o goleiro. Quase. O Inter não conseguia finalizar. Até que, aos 16, Kléber fez ótimo cruzamento rasteiro para Sóbis se antecipar ao goleiro e empatar o jogo, despertando a torcida no Gigante.
Aos 19, Taison deu lugar a Giuliano. O camisa 7 saiu irritado, chutando uma bolsa que havia na beira do campo. Aos 24, D’Alessandro deixou seu marcador no chão e, no que era pra ser um golaço, acabou salvo por Michel. A entrada de Giuliano tirou bastante da movimentação e velocidade que o meio-campo tinha com Taison. O problema colorado era a defesa, que estava numa péssima noite, falhando por diversas vezes.
Aos 28, uma cena revoltante para o futebol moderno dos dias de hoje: o zagueiro e capitão mexicano Reynoso, por três vezes seguidas, socou as costas de Sóbis. O juiz nada fez. Em seguida, o camisa 23 colorado foi substituído por Leandro Damião, que, logo no seu primeiro toque na bola, adiantou a bola e saiu cara-a-cara com o goleiro Michel. O centroavante colorado não teve dúvidas: soltou a bomba. A bola ainda desviou no camisa 1 mexicano antes de morrer no fundo das redes. Faltavam ainda doze minutos para o término da partida quando a torcida começou a cantar “bi-campeão, bi-campeão...”.
Mas ainda tinha tempo para Giuliano selar o título com uma pintura. O talismã de Roth e de todos os colorados, recebeu na entrada da área de Wilson Mathias, driblou dois marcadores, e, com um toque de gênio, encobriu o goleiro mexicano. E eis que o Chivas ainda marcou mais um, nos acréscimos, com Bravo. No entanto, já era tarde. O bi estava assegurado.
Lamentável, porém, foi uma confusão que estourou após o término do jogo. Provocado por um torcedor colorado, o zagueiro Reynoso começou uma briga generalizada, com pontapés e socos para todo lado. A confusão foi contornada rapidamente, felizmente.
Ficha Técnica
Final - Taça Libertadores de 2010
Data: Quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre/RS (BRA)
Horário: 21h50min
Internacional/BRA 3 x 2 Chivas Guadajara/MEX
Gols: "Rafaei Sóbis 16/2T; Leandro Damião 30/2T e Giulliano 41/2T / Fabian 42/1T e Araújo 47/2T (Chivas Guadalajara/MEX)".
Internacional/BRA: Renan (Goleiro) - Nei, Bolívar, Índio e Kleber - Sandro, Guiñazu, Tinga (Wilson Mathias) e D’Alessandro - Taison (Giuliano) e Rafael Sobis (Leandro Damião).
- Técnico: Celso Roth
Chivas Guadalajara/MEX: Luis Michel (Goleiro) - Baéz (Vasquez), Magallón, Reynoso e Ponce (Escalante) - Patrício Araújo, Bautista, Fabián e De Luna - Bravo e Arellano.
- Técnico: José Luis Real
Árbitro: Óscar Ruiz/COL
Assistente 1: Abraham Gonzalez/COL
Assistente 2: Humberto Clavijo/COL
Cartões Amarelos: Bolivar (Internacional/BRA); De Luna, Bautista, Fabián e Bravo (Chivas Guadalajara/MEX).
Cartões Vermelhos: Areliano (Chivas Guadalajara/MEX).
Fonte: Futnet
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