BRASIL VENCE ALEMANHA NOS PÊNALTIS E É OURO NOS JOGOS OLÍMPICOS RIO 2016 !!!
Brasil ganha nos pênaltis ouro que faltava ao futebol masculino
Com uma história
olímpica marcada por decepções que vão além de uma "maldição" em termos
de resultados, o futebol masculino brasileiro conseguiu sua "redenção"
ao derrotar a Alemanha - seu algoz na Copa do mundo - e ganhar o ouro na
Olimpíada 2016 na noite deste sábado.
Após angariar mais
antipatia do que apoio da torcida, a seleção conseguiu a vitória na
disputa dos pênaltis por 5 x 4, depois de um empate de 1 x 1 no tempo
regulamentar. A medalha de ouro olímpica era o único título que faltava
à coleção de títulos da seleção de futebol brasileira, que conta com
cinco Copas. Com vitória, delegação brasileira bate seu recorde olímpico
ao conquistar a sexta medalha de ouro em uma edição dos jogos.
A
equipe liderada por Neymar carregava as esperanças até de setores do
Comitê Olímpico Brasileiro (COB) que não morrem de simpatia pela
presença da modalidade nos Jogos.
- 'Em países sérios, não dá para mentir para a polícia e escapar', diz analista americano
- Quem é seu 'dublê de corpo' na Rio 2016?
É
uma atmosfera bem diversa da que marcou boa parte da campanha do time
depois dos empates sem gols contra África do Sul e Iraque na primeira
fase e da recusa dos jogadores em dar entrevistas após as partidas.
Para
aumentar o "climão", a seleção feminina fez uma campanha que, pelo
menos até a semifinal, impressionou pela eficiência em campo e atitude
considerada mais humilde e mesmo olímpica na opinião de público e mídia.
Isso reforçou ainda mais a tensão normalmente existente entre a
Confederação Brasileira de Futebol e o COB. No meio olímpico brasileiro,
causa desconforto o distanciamento dos jogadores de futebol em relação
ao resto da delegação.
Muitos atletas, treinadores e dirigentes de
outras modalidades também se ressentem da divisão de espaço com o
futebol, o esporte que tradicionalmente já concentra as atenções no
Brasil.
A questão, por sinal, é internacional. A Fifa, entidade
controladora do futebol, e o Comitê Olímpico Internacional (COI) nunca
concordaram 100% em como ter o esporte nos Jogos.
Diferentemente
da Copa do Mundo, em que as equipes podem levar os jogadores que bem
entenderem, o torneio olímpico é historicamente marcado por restrições.
Até
os Jogos de Moscou em 1980, era a proibida a participação de atletas
profissionais, algo que impediu o Brasil de enviar seus melhores
jogadores, incluindo um certo Pelé, que deixou o amadorismo quando tinha
apenas 16 anos.
Com a entrada de profissionais, a Fifa começou a
se preocupar com a possibilidade de o torneio olímpico virar uma
"segunda Copa do Mundo".
Em 1992, nos Jogos de Barcelona, a
entidade impôs um sistema em que, com exceção de três "coringas", todos
os jogadores precisavam ter até 23 anos.
Só o que não mudou foi a
rotina de tropeços do Brasil na busca pelo ouro. A participação do país
teve início em 1952, mas a primeira vez que a seleção olímpica
conseguiu chegar perto de uma medalha foi em 1976, quando perdeu para a
então União Soviética na disputa do bronze.
A primeira medalha
veio apenas em 1984, uma prata. Em três ocasiões (1980, 1992 e 2004), a
seleção sequer conseguiu se classificar nas eliminatórias
sul-americanas, também ao contrário da Copa do Mundo, em que esteve
presente em todas as edições já realizadas.
A prata também veio em 1988 e nos Jogos de Londres,
há quatro anos, desta vez já com Neymar em campo - e a seleção havia
sido bronze em 1996 e 2008.
Ao contrário de outras campanhas mais
recentes, porém, "a classe de 2016" é um dos times menos "badalados" já
enviados pelo Brasil. Apenas Neymar, por exemplo, esteve em uma Copa do
Mundo ou ocupa um papel de destaque no futebol internacional.
E,
além da "maldição", a seleção enfrentou no Maracanã justamente o
fantasma do 7 a 1 recebido da Alemanha nas semifinais do Mundial de
2014, em Belo Horizonte.
O Brasil, porém, chegou embalado por uma
sequência de três vitórias, 12 gols marcados. A equipe dirigida pelo
desconhecido Rogério Micale também não sofreu nenhum gol em toda a
competição.
"Sabíamos desde o início que jogaríamos sob pressão e
isso (a mudança de expectativas) não muda coisa alguma. A medalha de
ouro é o que nos interessa culturalmente porque ainda não a
conquistamos, então vamos trabalhar da mesma forma", explica Micale.
Mas o principal trabalho do treinador também foi o
de controlar a ansiedade também de milhões de torcedores que viam na
partida uma chance histórica de redenção.
Equipes mais fortes,
como a Argentina e o México, campeão olímpico de 2012, fizeram campanhas
fracas e puseram adversários como Honduras no caminho de Neymar e cia
até final. Fica no ar a impressão de "agora ou nunca".
"Vou ter
outra chance (de ser campeão) em casa. Não haverá outra melhor. Nós
jogadores estamos vivendo um sonho e é uma realização muito grande poder
disputar a Olimpíada no Brasil", disse o jogador, em uma entrevista ao
site da CBF.
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