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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

MARILSON GOMES É TRI NA SÃO SILVESTRE!!!

Ave, Marilson!.

Ainda repercute no meio esportivo, a importante e providencial vitória de Marilson Gomes dos Santos na 86ª Corrida Internacional de São Silvestre, disputada no último dia do ano de 2010. Com um desempenho espetacular, o fundista brasileiro sagrou-se tricampeão da prova que já havia vencido em 2003 e 2005 e colocou um ponto final na sequência de conquistas estabelecida por atletas quenianos na competição. Depois que os quenianos passaram a dominar a corrida de rua no Brasil, deram início a um verdadeiro tabu. Além de liderar não só as provas internacionais, passaram também a vencer corridas nacionais e até as municipais, demonstrando um poderio técnico, tanto no masculino quanto no feminino, que praticamente colocou em xeque a confiança dos brasileiros nesse tipo de prova. Com o seu terceiro título, Marilson abre um novo alento quanto às possibilidades de nossos atletas e marca o nova fase para a modalidade. No dia 31 em SP, ficou comprovado, uma vez mais, que quando o atleta brasileiro está realmente preparado, muito dificilmente encontra adversários pela frente. Assim, a São Silvestre de 2010 pode ter estabelecido uma nova era para a corrida de rua no Brasil.

Na verdade, tal previsão é logicamente para os atletas de alto nível, competitivos e que encaram a SS profissionalmente. Isto porque, para os demais, a grande legião de 20 mil e tantos atletas amadores inscritos, desta vez a corrida apresentou um ponto negativo. Na intenção de agilizar o encaminhamento de preparação da prova, devido à falta espaço para a dispersão, a organização do evento fez a entrega antecipada da medalha de participação. Apesar de compreensível, foi um pecado que gerou muitas reclamações, pois quem quisesse nem precisaria enfrentar o desafio de correr os 15 quilômetros. Já estava premiado antes da hora. A ideia pode ter sido prática, mas certamente não foi a melhor solução esportiva e até depôs contra a tradição da corrida. Afinal, o sonho de todo participante é ver o seu esforço compensado ao encerramento da competição. O preparo dos atletas amadores também é difícil e exige dedicação e treinos intensos, pois prevalece sempre a ideia de busca de novos resultados e recordes pessoais. Assim, a superação de marcas, tempos e objetivos traçados tem como grande momento, na conclusão do percurso, o recebimento da tão desejada medalha. É um símbolo ao esforço pessoal. Logo, com a entrega antecipada, essa expectativa acabou descartada, como se não tivesse importância. Mas tem e a organização, em respeito à grande massa popular que faz a festa da SS, precisa rever essa iniciativa para 2011.

Voltando aos vencedores: mas uma vez o Quênia brilhou na prova feminina. A campeã Alice Timbilili praticamente não teve adversárias ao longo do trajeto e correu praticamente sozinha a partir da metade da prova. Foi uma corrida tão tranquila, que a atleta queniana teve apenas o trabalho de administrar a vitória incontestável, numa performance brilhante. Porém, nos últimos metros, surgiu uma brasileirinha desconhecida que se transformou num alento. Simone Alves da Silva terminou em segundo lugar e foi a vice-campeã. Em seu depoimento, depois de ultrapassar a linha de chegada, ela afirmou que vinha treinando há três meses e que, se tivesse mais tempo, poderia ter maiores chances de lutar pela vitória. Daí, se pode concluir que, quando as brasileiras receberem o devido apoio para treinar durante o tempo ideal, o Brasil poderá retomar a frente das quenianas. A participação das brasileiras no pódio - a outra foi Cruz Nonata da Silva que chegou em quarto - deixou clara a necessidade de uma preparação mais forte e conveniente. Talento para melhorar, as brasileiras provaram que têm.

Já, no masculino, o Brasil superou às expectativas. Justificou-se a temeridade dos quenianos em relação a Marilson. Era ele o único atleta que lhes poderia oferecer ameaça. E o temor fez sentido, a partir do momento em que o brasileiro começou a abrir espaço e disparou na frente. Com força, determinação e confiança, Marilson demonstrou desde o início que estava focado na vitória. Fez uma prova perfeita, com um desempenho marcante durante todo o trajeto e não permitiu a reação aos adversários. No final, ainda cruzou a linha de chegada 'voando'. A sua conquista, além de dar um basta na ousadia queniana, encheu a torcida de orgulho e comprovou que, para vencer super provas, o Brasil precisa de superatletas. Foi uma vitória linda, para "lavar a alma" brasileira. E, por si só, merecedora de todos os louros.
Ave, Marilson!

Brasileiro Marílson Gomes dos Santos vence a São Silvestre E É TRI.

A tradicional corrida de São Silvestre foi vencida este ano pelo brasileiro Marílson Gomes dos Santos, tricampeão da prova (2003, 2005 e 2010). Marílson
fez o tempo de 44 minutos e 03 segundos, sendo seguido pelos quenianos Barnabas Kiplagat Kosgei e James Kipsang Kwambai, campeão no ano passado. Marílson Gomes dos Santos é o brasileiro com mais títulos na prova desde que ela se tornou internacional.

A prova feminina foi vencida pela queniana Alice Jemeli Timbilili, que já tinha vencido a São Silvestre em 2007. Timbilili ganhou com o tempo de 50 minutos e 19 segundos, cravando o recorde da São Silvestre entre as mulheres. A segunda colocada foi a brasileira Simone Alves da Silva. A terceira posição também foi ocupada por uma queniana, Eunice Kirwa.

Na modalidade cadeirantes, o vencedor da prova foi Fernando Aranha, pentacampeão da São Silvestre,
com o tempo de 46 minutos e 20 segundos, apenas quatro segundos antes de Jaciel Antonio Paulino, segundo colocado. A terceira posição foi ocupada por Carlos Neves de Souza.

Agência Brasil

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