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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

SEEDORF ANUNCIA ADEUS AO BOTA, SE APOSENTA, E INICIA CARREIRA DE TREINADOR NO MILAN, DA ITÁLIA!!!

Seedorf anuncia adeus ao Bota: 'Que possa manter o que a gente construiu'


Holandês se aposenta para dar início à carreira de treinador no Milan, da Itália


 


Seedorf despedida Botafogo (Foto: Gustavo Rotstein)
Seedorf é homenageado pelo presidente alvinegro com um quadro e a mensagem: 'Obrigado'
(Foto: Gustavo Rotstein)
 
Chegou ao fim a passagem de Seedorf pelo futebol brasileiro e pelo Botafogo. O craque abriu mão dos últimos seis meses de contrato que restavam no clube e da chance de disputar a Libertadores, o que seria seu primeiro torneio internacional na América do Sul, para se aposentar aos 37 anos e dar início à carreira de treinador no Milan, da Itália. Alvo antigo do clube milanês, a investida sobre o holandês aumentou com a demissão do técnico Massimiliano Allegri, que não resistiu à vexatória derrota para o modesto Sassuolo, pelo Campeonato Italiano, no último domingo. O convite pesou, e craque, sorridente e tranquilo, anunciou sua despedida em entrevista coletiva nesta segunda-feira, no Engenhão.
 
lagrimas e golsRelembre em imagens a trajetória de Seedorf no Botafogo

o anúncio
 
Em entrevista coletiva, Seedorf revela que deixará o Botafogo
reconhecimentoSeedorf agradece à torcida do Botafogo pelo carinho
 
- Vou parar de jogar futebol depois de 22 anos. Foi uma noite difícil, mas estou satisfeito com o que fiz na minha carreira, no que fiz com o Botafogo. Objetivo de voltar a sonhar, a entrar na Libertadores após 17 anos. Minha felicidade de poder ter deixado também em campo resultados importantes. Carioca foi um começo. Não acabou mal. Conseguimos a vaga na Libertadores que o clube merece, o grupo que estou deixando aqui merece. Gostaria de agradecer a todos. Agradeço o projeto do Botafogo e desejo o melhor. Que possa manter a autoestima, melhorar e manter o que a gente construiu. Muitos times poderiam ser melhores tecnicamente que o Botafogo, mas por causa da nossa cabeça fizemos melhor. Vou seguir o Botafogo à distância. Obrigado por essa convivência, muitas coisas positivas, agradeço ao Rio, ao Brasil, a todos vocês que estão aqui e aos que não estão. Me abraçaram daquela forma. Estou feliz e satisfeito, não tenho arrependimento. Posso me aposentar tranquilo. Poderia jogar muito mais, treinar mais. Ver a garotada treinando me motivava. O Brasil, que me abraçou, não vou esquecer nunca mais, acho que dei algo importante, que fiz isso e por isso estou tranquilo para fechar - declarou.
Seedorf chora na despedida do Botafogo com os companheiros (Foto: Satiro Sodré / SSPress)

Seedorf ainda vai de helicóptero a Saquarema nesta tarde para abraçar os jogadores que estão realizando a pré-temporada. O craque, porém, disse que o anúncio não se trata de um adeus. Ele deixa em aberto a possibilidade de reencontrar um dia não só o Botafogo, como o Brasil. E antes e partir rumo à Itália, o holandês desejou sorte à Seleção na Copa do Mundo daqui a cinco meses.
- Não é um adeus, vamos nos encontrar ainda. Essa experiência nesse um ano e meio me fez crescer muito e me ajudará no meu próximo passo, que será como treinador do Milan. Queria fechar de maneira elegante e correta. Muito obrigado de novo a todos. Espero que o Brasil possa ter uma Copa inesquecível e que a seleção brasileira possa honrar as cores. Obrigado.
O presidente alvinegro, Mauricio Assumpção, admitiu a perda de qualidade técnica que o time terá sem o Seedorf e tratou de dizer que encontrar um substituto será um desafio. Mas o comandante aposta no legado do próprio holandês não só para atrair jogadores, como para evoluir as categorias de base do clube.
Seedorf chega de helicóptero ao CT da CBV em Saquarema (Foto: Fred Huber)

Agradeço o projeto do Botafogo e desejo o melhor. Que possa manter a autoestima, melhorar e manter o que a gente construiu. Muitos times poderiam ser melhores tecnicamente que o Botafogo, mas por causa da nossa cabeça fizemos melhor. Vou seguir o Botafogo à distância. Obrigado por essa convivência, muitas coisas positivas, agradeço ao Rio, ao Brasil
Seedorf, ex-meia e novo treinador do Milan
- Vai ser difícil (achar um substituto). É um desafio que temos aqui. Achar alguém que traga tudo o que ele trouxe. Algumas contratações estão sendo feitas. A vinda dele e a saída dele vão abrir as portas de um Botafogo para muito jogador do quilate dele, embora seja difícil achar. O Botafogo se credencia como um clube que tem condições de receber alguém assim, fica fácil para o mercado internacional entender. Meu sócio-torcedor pulou mais de 100%, isso é representativo. Mas tenho de falar da chancela que ele deu à base. Vi gerações surgirem e desaparecerem sem chancela. O Botafogo pôde subir garotos com o Seedorf, convivendo com ele no dia a dia. Esse é o ganho maior de todos. Não é a toa que hoje temos mais de 16 atletas da base no elenco. Essa foi a maior contribuição e vai se perpetuar a outras gerações. O que é bem feito não é perdido - defendeu.
Seedorf despedida Botafogo (Foto: Reuters)Logo no início da coletiva, Seedorf teve a palavra e fez questão de agradecer alguns profissionais que, em sua avaliação, foram determinantes para sua adaptação ao futebol e à cultura que envolve o esporte no Brasil. Todos eles deixaram o Botafogo ao longo da última temporada ou ao fim de 2013. No entanto, o holandês fez questão de dizer que respeitou a decisão tomada pela diretoria.

Seedorf se mostrou tranquilo e sorridente em sua despedida da carreira de jogador (Foto: Reuters)
- Gostaria de agradecer algumas pessoas que foram muito importantes, principalmente nos meus primeiros meses de Brasil. Primeiro o Oswaldo (de Oliveira), com quem tive um relacionamento fantástico. Também o Luis Alberto, auxiliar técnico, o Alex Evangelista, fisioterapeuta  com quem trabalhei muito, e o Altamiro (Bottino), fisiologista que ajudou a me adaptar. Foram relações importantes nesse meu começo aqui. O Anderson Barros (ex-gerente de futebol) me ajudou a entender o clube e o futebol brasileiro. Eles me colocaram em condições para ir bem dentro de campo. Isso de eles terem saído é uma decisão do clube. Também agradeço ao presidente por ido à Itália me convencer a vir para o Botafogo.
Bem-humorado e transmitindo segurança ao ter tomado a decisão de antecipar a aposentadoria para assumir o comando do Milan, Seedorf lembrou a partida contra o Criciúma, pela última rodada do Brasileirão, como o momento mais emocionante de sua trajetória pelo Botafogo. E deixou claro estar certo de que ao migrar de uma sólida carreira nos gramados para outra ainda incerta à beira dele, está certo de que deu um passo firme em direção ao futuro.
- Gosto de trabalhar, de estar nesse mundo do futebol, e acho que vou continuar ajudando na minha missão de vida, que é ajudar a fazer um mundo melhor, não mais como ator no campo, mas treinando esses atores, que são modelos para as crianças. É um passo natural. Um taça a mais ou a menos não vai mudar minha história. O legado deixado é o importante para mim. Isso foi fantástico, bonito e feliz por tudo que fiz. Ninguém sabe qual é o momento certo. Tem que ter coragem pra seguir o coração. A cabeça pode tomar decisões erradas, mas o coração dificilmente erra.
Do anúncio da contratação até a confirmação do fim da trajetória de Seedorf no Botafogo foram 564 dias, 81 jogos e 24 gols. O camisa 10 ajudou o clube na conquista do Carioca de 2013, quando foi eleito o melhor jogador da competição, e na conquista da vaga para a Libertadores de 2014 após 17 anos longe do torneio. A chegada foi apoteótica, no aeroporto lotado. A apresentação, no Engenhão, também emocionou os torcedores. A chegada do ídolo, além da qualidade técnica, serviu para elevar a autoestima dos alvinegros.
Seedorf um dia de treinador do nova iguaçu (Foto: Divulgação/NIFC)
No Brasil, o novo técnico do Milan fez curso de treinador com os jovens do Nova Iguaçu (Foto: Divulgação/NIFC)

Como em todo casamento, na relação de Seedorf com o Bota houve momentos de turbulência. O camisa 10 ficou bastante chateado com ao episódio em que torcedores foram ao aeroporto hostilizar os atletas e atirar ovos no ônibus após uma derrota para o Internacional. Outra coisa que incomodava o holandês eram os contantes atrasos de salários do elenco. O perfil participativo e as cobranças durante treinos e jogos por vezes criaram algumas rusgas, por exemplo, com Dória, Gilberto, Jefferson e Antônio Carlos.

Diante da má receptividade, ele ficou mais calado. O grupo percebeu e pediu a volta do "pai chato", já que consideravam que o meia conseguia fazer com que os companheiros produzissem mais. No início deste ano, a notícia de que Oswaldo de Oliveira não renovaria contrato também desapontou Seedorf, que sempre disse ter uma relação especial com o comandante.

Um craque emotivo e com talento musical

Neste um ano e meio no Brasil, Seedorf mostrou um lado bastante emotivo e chorou algumas vezes. A primeira vez, no entanto, não foi de alegria. Em uma partida do Brasileiro de 2012, contra o Atlético-GO, no Engenhão, vencida por 4 a 0 pelo Botafogo. O holandês fez um dos gols, mas machucou a coxa ainda no primeiro tempo e deixou o gramado lentamente, com lágrimas nos olhos, enquanto era aplaudido pela torcida alvinegra.

O segundo choro do holandês foi um somatório de emoções. Ele fez três gols (pela primeira vez na carreira) na vitória sobre o Macaé e ainda tinha recente em sua memória a lembrança da perda de sua avó, que havia morrido dias antes no Suriname. Talvez o choro mais inesquecível para os botafoguenses foi o do dia da conquista do Carioca. Seedorf, o mesmo que já ganhou quatro vezes a Liga dos Campeões, derramou lágrimas para celebrar mais um triunfo na carreira. 

Mosaico: Seedorf melhores momentos no botafogo (Foto: editoria de arte)Os momentos marcantes de Seedorf durante pouco mais de um ano e meio de Botafogo
(Foto: editoria de arte)

Seedorf chega de helicóptero ao CT da CBV em Saquarema (Foto: Fred Huber)
 
Na última partida que fez pelo Bota, na vitória sobre o Criciúma, no Maracanã, como se já imaginasse que não vestiria mais a camisa alvinegra, ele também se emocionou bastante ao ser aplaudido pela torcida. Na saída de campo, disse que estava com o sentimento de dever cumprido.
Seedorf se despede do zagueiro Dória, a quem elogiou em sua entrevista coletiva
(Foto: Fred Huber)

A música também foi parte importante na vida de Seedorf no Brasil. O craque conseguiu influenciar o vestiário do Bota com seu gosto musical, especialmente pelo reggae. Foi a canção "One Love" do cantor jamaicano Bob Marley que se tornou símbolo da conquista do Carioca. Na comemoração do título, na sede lotada de General Severiano, o craque soltou a voz e foi acompanhado pelos torcedores.

O Rio de Janeiro perde um "quase carioca". Frequentador da cidade mesmo antes de se transferir para o Botafogo, até porque é casado com a brasileira Luviana, o holandês adorava pegar sua bicicleta e dar uma volta pela orla. Colocava um boné, fone nos ouvidos e seguia sem quase ser incomodado nas ruas.

GLOBO
Por Fred Huber e Gustavo RotsteinRio de Janeiro
14/01/2014 13h32 - Atualizado em

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