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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

ENTREVISTA COM SEBASTIÃO BELMINO: "EU MORRIA DE MEDO DE CÂMARA"!!!

Entrevista com Sebastião Belmino: "Eu morria de medo de câmera"


 A Entrevista desta semana é com um dos apresentadores mais carismáticos e queridos da mídia cearense. Sebastião Belmino é o típico cearense, principalmente no seu jeito de se comunicar.

Com quase 50 anos de carreira, foi goleiro e disse que era dos bons. Garante que morria de medo de câmera, teve em seu programa, na antiga TV Educativa, o ex-governador Ciro Gomes como comentarista, já torceu por Fortaleza, Ceará, Bangu e Ferroviário, e diz que já está perto de encerrar a carreira.

O bate-papo foi realizado na última sexta-feira (04/10), quando revelou em primeira mão que se filiou ao PEN e, se acordar de bom humor, deve sair candidato a deputado. Belmino revelou ainda que é católico, tem pressão alta, mas está controlada e afirma que tem muito político ator.
Você foi goleiro mesmo ou é só brincadeira sua na bancada do “A Grande Jogada”?
É verdade. E era bom. Comecei jogando futebol de salão no infanto-juvenil. Joguei na equipe de um pernambucano que veio embora para cá, Seu Edson, dono de uma loja chamada Nações Unidas. Ele criou uma quadra na casa dele e um time chamado RAC, Recinto Atlético Clube, foi onde passei minha primeira juventude. Lá tinha um slogan “Mais Esporte Menos Vício”. Foi graças a ele e a esse projeto que eu nunca entrei em negócio de droga ou me envolvi com droga. Ele nos mantinha praticamente a semana toda ocupados treinando e jogando. Mas o seu Edson teve de voltar pra Recife e o time infelizmente acabou. De lá, fui para o CEM, Centro Esportivo Moradanovense, ainda joguei na AABB. Quando estava passando para adulto, eu comecei a trabalhar na TV Ceará Canal 2. Aí fiquei com medo. Quando fui convocado para defender a Seleção Cearense, por volta de 65,66, fui disputar o Campeonato Brasileiro, em São Bernardo do Campo (SP). Mas na volta, meu emprego na TV tava meio perigando. Aí tive de desistir do Futebol de Salão, porque eu trabalhava à noite, e os jogos e os treinos eram no mesmo horário. Aí tive de abdicar. Então, fiquei só jogando nos finais de semana em times de futebol de subúrbio. O famoso suburbão. O legal é que hoje eu vejo o pessoal indo pros jogos de ônibus e tudo. No meu tempo, era em cima de um caminhão com uma corda no meio pra gente ficar se segurando. Mas joguei ainda um bocado. Ainda fui reserva no time do América, acho que em 66. Mas com o trabalho na TV também não deu para conciliar.
 
Seu estilo consegue agradar os mais jovens e também os mais velhos. Quando você adotou esse estilo? Você se inspirou em alguém?
Quando fui diretor da TV Educativa, que hoje é a TVC, eu quis fazer uma equipe de esportes. E o superintendente na época era o Teobaldo Landim e disse que eu poderia contratar quem eu quisesse. E naquele tempo, década de 1970, o pau que troava aqui, era Celso Martinelli e Paulino Rocha. Eu levei o Martinelli para ser comentarista na TV. Com ele, eu levei também o Ney Botto Guimarães, ambos da Rádio Dragão do Mar, e criei um Programa de TV, “Na Boca do Túnel”. Os dois apresentavam. Só que o Celso era meio doidão e deixou a emissora, e o Ney ficou. Por um motivo que até hoje eu não sei. Depois, o Ney saiu e me deixou uma carta, que até hoje eu tenho guardada, dizendo que ia embora e fez um pedido. Que eu não deixasse outra pessoa fazer o programa. Que eu apresentasse o programa no meu estilo. Como eu era no dia a dia. Com meu jeito brincalhão. Só que eu morria de medo de câmera. Eu me escondia quando via uma câmera perto de mim. O Ney foi embora de domingo para segunda. E na segunda a carta tava lá na TV. E alguém tinha que fazer a apresentação do programa. Não tinha ninguém. Fui falar com o meu diretor e saudoso amigo um dos grandes professores que eu tive, Guilherme Dantas. Expliquei a ele. Mas ele disse pra eu ir apresentar e me deu uma dica. “Antes de começar o programa vai ao bar aqui perto e toma duas doses de cachaça”. O Programa era dez da noite. Aí eu pensei, se eu tomar essa cachaça, eu só vou conseguir apresentar se for desse jeito. Então, eu decidi ir no seco mesmo. E fui apresentar a mesa. Do qual participavam o Alan Neto, o Wilton Bezerra, Ximenes Filho e o Paulo Karam. Só que aquele meu jeito de brincar com os câmeras, era uma auto defesa, era um medo. Só que a coisa foi pegando, foi dando certo e até hoje tem gente que gosta desse meu jeito, dessas minhas doidices.
 
Deve ter sido difícil no começo mostrar esse jeito?
Eu recebi muitas críticas. Porque aquilo que eu fazia não existia para os padrões da época. Televisão era coisa séria, ainda mais para um apresentador. Eu sempre gostei de desmistificar a televisão. Eu quando trabalhei como “cameraman” e assistente de estúdio em novelas, eu achava que as pessoas queriam ver o outro lado. Ver os bastidores. Quando eu subi para a mesa de corte do canal 2, um dia no programa chamado TV Juventude, eu botei no ar e mostrei a iluminação, mostrei as câmeras, os microfones... O Doutor Rômulo Siqueira, que era diretor comercial da TV Ceará, na mesma hora disse que eu não fizesse mais isso. Não deixasse mais eu cortar programa ao vivo, porque aquilo não existia em televisão. Eu fiquei na minha. 20 dias depois, chega a fita com o Programa do Chacrinha, que mostrava tudo. Aí, o Doutor Rômulo me chamou para a sala dele, junto com o Dr. Manelito Eduardo, diretor da emissora, me pediu desculpa. Ele disse que infelizmente não tinha alcançado o futuro da televisão e a partir daí eu comecei a desmistificar a TV e tô até hoje.
 
Hoje você está na Rádio Clube. Qual foi o motivo da sua saída da Rádio Verdes Mares?
Na realidade, eu fiz o inverso da turma que está por aí na TV, né? Eu sai da TV e só depois que fui para o rádio. Eu fiz o contrário. O problema da Verdinha foi exclusivamente porque o programa era feito aos domingos. E eu tinha um horário entre 12 e duas da tarde. A programação era do Gomes Farias. E houve uma mudança a pedido do Farias para que ficasse de 11 a uma da tarde. Eu adorava fazer o programa. Mas aí tinha um problema. Eu perdia meu final de semana. Eu não podia viajar, eu não podia ir para uma beira duma praia passar o domingo, eu não podia sair pra canto nenhum, porque eu tinha de preparar o programa, fazer a produção, saber o que ia acontecer, as músicas, essas coisas. O Farias ficou de me arrumar um horário. Não me ligou, eu também não fui atrás. E eu fiquei sem prefixo. Fui convidado por outras emissoras, mas eram tudo para o final de semana, e eu não queria. Aí, quando foi agora, o Henrique Gondim, diretor comercial da Ceará Rádio Clube, me convidou para fazer um programa num horário compatível durante a semana. E tá mais ou menos dando certo. É claro que a gente não tá jogando no Flamengo, mas de vez em quando o Olaria pode ganhar, né?
 
Você já era bastante conhecido pelas passagens na TVC e na extinta Manchete, mas creio que com a TV Diário houve um crescimento da fama ainda maior...
É verdade. O pulo foi grande. Mas eu já vinha de um pinote bom, quando saí da TV Educativa e fui para a TV Manchete, graças ao Guto Benevides que me levou para lá. Eu passei sete anos na Manchete e a popularidade foi muito grande, mas a TV era pequena e não tinha todo esse potencial técnico e de reportagem que a TV Diário tem. Quando cheguei na TV Diário, o mundo se ampliou. A TV Diário é cearense e dá oportunidade às pessoas cearenses. Graças a Deus, eu tive a chance de fazer um programa totalmente da terra e com linguajar cearense. Então, pra mim a TV Diário foi e é sem dúvida alguma o meu maior pico profissional.
 
Aliás, a saída da TV Diário da antena parabólica foi um baque muito pesado para a emissora. Como foi que você analisou todo aquele episódio?
Foi um baque muito grande, sim. Até porque a TV Diário foi uma coqueluche muito grande não só no interior do Ceará, mas em todo o Brasil. Principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde há muito nordestino e cearense. Eu cansei de viajar de carro pelo interior e via casas que não tinham nem como se segurar, mas no terreno havia uma parabólica. Lugares assim bem distantes mesmo. Eu passava e alguém gritava: olha o Belmino da televisão. Tem uma história engraçada. Eu vinha de Juazeiro com minha mulher de carro. Depois de Iguatu, ela pediu para eu parar o carro porque tava com muita sede, mas não havia nada, foi quando depois avistamos uma casinha bem humilde escrito: vende-se água. Eu desci, tinha um garotinho, eu perguntei se tinha, ele me atendeu, ficou olhando pra mim e perguntou: “Você é aquele cara que eu tô pensando?” Eu disse: “acho que sou”. Ele gritou: “Mãe, venha ver aquele homem gordo e doido que a senhora gosta”. Aí, apareceu uma senhora bem humilde, já de idade, bonita, e ficou pegando em mim. Eu tirei um escapulário que eu usava e dei para ela. Mas ela queria porque queria que eu esperasse ela matar uma galinha pra eu comer na casa dela. O que eu pude fazer para ela, foi esperar o menino ir de moto chamar os familiares, vizinhos, pessoal que morava lá perto para eles verem que era eu que tinha ido na casa dela. Segundo ela, porque se eu tirasse uma foto, todo mundo ia achar que era montagem ou mentira dela. Então, a parabólica provocou tudo isso. Fiquei muito triste. A negrada gostava desse meu jeito, das minhas brincadeiras, de ser matuto como eles. E com sinceridade, até hoje eu não sei o motivo do sinal da TV Diário ter saído das parabólicas.
 
 
Como é o seu dia a dia profissional. Você chega que horas para trabalhar e sai que horas?
Eu chego na TV Diário por volta das oito e trinta, nove horas da manhã. Eu não faço mais a produção do programa. Graças a Deus. Eu não tenho mais idade para isso. Você sabe que dá muito trabalho. A produção é toda do Haroldo (Pedreira) e do George (Facundo), com a supervisão do Roberto Moreira. Fazer produção é muita preocupação, às vezes, você nem dorme. Eu só apresento. Então, eu fico lá até meio-dia. Pego o carro na carreira e vou para a Ceará Rádio Clube. Gravo antes a abertura, que são cerca de 5 minutos e faço meu programa até uma hora da tarde. Mas eu gosto dessa correria, porque fazer o que você gosta não tem coisa melhor na sua vida profissional.
 
Há um debate de que o jornalismo esportivo está caindo mais para o entretenimento. Com matérias pitorescas e humorísticas. Qual a sua opinião sobre esse assunto?
Eu acho bom. Porque só tem desgraça na televisão. Acho legal esse novo estilo. Apesar de que hoje é o pior momento da televisão brasileira. Desde quando comecei até agora, a TV brasileira passa por uma situação lamentável, caiu. Caiu muito. O padrão da TV Globo, que tá até repetindo novela, está diminuindo. Acho que tá faltando criatividade para fazer coisas melhores. Então, eu acho legal esse lado do humor, porque é desgraça demais. As maiores audiências hoje são sobre desgraça, são os programas policiais. Até o Jornal Nacional é só desgraça. Mas é uma realidade brasileira. Então, um pouco de humor nesse jornalismo faz bem.
 
Vamos mudar um pouco de assunto.  Como você avalia o Governo Cid Gomes?
Eu gosto do Cid Gomes. Primeiro como figura humana. Eu acho ele uma criatura muito boa. Eu o encontrei pela primeira vez, quando ele era prefeito de Sobral, numa festa em Flecheiras. Eu conhecia bem o irmão dele, o Ciro, que inclusive foi comentarista no meu programa Boca do Túnel. Eu perguntei ao Cid o que ele iria fazer depois que terminasse o mandato de Prefeito. Ele me disse que ia estudar e depois iria ser governador. E foi. Olha, se não fosse tanta polêmica em cima desse rapaz... Eu acho o governo dele muito bom. Eu gosto dele. É uma pessoa simples, dirige o próprio carro, chega num restaurante, desce e vem falar com as pessoas. Eu acho o governo dele bem feito. As pessoas podem pensar que quando a gente elogia um governo, a gente tem alguma coisa envolvida, mas eu não tenho nada. Eu não preciso de governador Cid, mas eu sou a favor do Governo dele. De um a dez, eu daria um oito.
 
E o da Presidenta Dilma?
Aí é que a porca torce o rabo. Eu não acredito muito que a Dilma governe este nosso País sem o Lula. O Lula não entregaria esse governo a alguém se ele não pudesse mandar. De todos os companheiros que ele tinha no PT, ele ter escolhido ela, tinha alguma coisa. Porque falando assim bem popular, eu não acho que a Dilma vá no banheiro e não pergunte ao Lula. Ninguém entregaria uma coisa muito boa, no caso a presidência da república, um presente, a qualquer pessoa. Mas ela tem boas propostas nesse plano popular do PT. Nada contra ela. Pelo contrário. Eu respeito minha presidenta. Agora, não acredito que ela governe sem o pitaco do Lula. Opinião minha. Claro que muitos podem discordar.
 
Daqui a dez anos como você se enxerga?
Se eu tiver vivo, eu quero já ter parado. Tem muita gente nova surgindo. Pessoas boas. Um exemplo disso é o Kaio Cezar, que agora foi para a TV Verdes Mares. Um ótimo narrador, ótimo profissional, grande figura. Eu até brinco com os meninos no programa que lá só tem dinossauro, eu, o Tom Barros e o Wilton Bezerra. Mas daqui a dez anos, se vivo for, eu quero estar numa boa, quieto numa beira de praia, brincando com meus netos. Batendo papo. Vou sentir saudade. Mas já tá na hora de dar a vaga a esse povo jovem.
 
Você usa as redes sociais (Facebook), é raro hoje em dia alguém da sua idade nesse mundo. Ajuda no seu trabalho e contato com os fãs? Como você analisa essas novas mídias?
Eu vou ser sincero. Eu não sei mexer em quase nada ali. Eu só uso por causa dos meus filhos. Eu não mexo bulhufas daquilo ali. Mas eu gosto de ler e dar um pitaco. É o futuro. Essas redes sociais é o futuro da mídia. Mas eu sou um metido no Facebook. Eu não sei colocar uma foto. É como se eu fosse uma caravela e passasse um Boeing. Mas acho paidegua. Eu me divirto.
 
Longe das câmeras, como é o Sebastião Belmino?
Eu acho que sou do mesmo jeito. Quer dizer, algumas pessoas perguntam a gente mais próxima se eu sou daquele jeito mesmo da televisão e respondem que eu sou pior, mais fuleiro. Eu sou do jeito que sou. Eu sou um péssimo ator. Não tem jeito. Eu sou desse jeito mesmo.
 
Você acredita em Deus? Tem alguma religião?
Eu sou católico. Acredito muito em Deus. Se um dia você for em minha casa, você vai ver que tem um santuário lá. Algumas pessoas chegam a dizer, “mas Belmino isso não é o culto da imagem”. Não. Não é. A imagem é uma representação do que você acredita ser. Então, eu passo em frente a uma igreja e faço o sinal da cruz. O pessoal pergunta o motivo. Eu sempre respondo que quando um militar passa em frente a uma bandeira do país ele num bate continência, eu também faço a minha. Acredito muito em Jesus Cristo. Não só como homem na terra, mas como ser supremo. Agora, eu tenho contrato com a Nossa Senhora de Fátima. Uma das minhas protetoras. Dia 13, eu não vou à missa. Eu digo pra ela que é porque tem muita gente, mas dia 12 ou 14 eu vou à igreja sozinho, assisto à missa, faço minhas orações e depois meto o pé na carreira.
 
Você já foi convidado para ser filiado a algum partido ou ser candidato a algum cargo público?
Já. Inclusive hoje eu me filiei a um partido (a entrevista foi feita dia 04/10, penúltimo dia para mudanças de partido àqueles que quiseram se candidatar nas eleições do próximo ano). Me filiei ao PEN (Partido Ecológico Nacional) do Samuel Braga. Eu era filiado ao Partido do (Deputado) Ely Aguiar (PSDC). Na eleição passada, eu me “empiriquitei” me embanderei todo para ser candidato a vereador. Mandei fazer faixa para levar lá para inaugurar o comitê central da campanha. Era um domingo. Só que eu acordei de ressaca. E decidi. Não vou. Não quero mais. Vai ser um enchimento de saco. Eu não tenho paciência para isso mais não. Mandei queimar as faixas. Alguns amigos ficaram até com raiva, porque consegui dinheiro para comprar uma Kombi com sistema de som para ficar passando pelas ruas. Mas agora, o Samuel me convidou e eu me filiei para ser candidato a deputado federal ou estadual. Só não sei se até lá vou até o fim. Porque para isso eu sou muito preguiçoso.
 
Como está a saúde? Você está se cuidando?
Está tudo sobre controle. Eu tenho pressão alta. Ultimamente estou com a glicose alta, mas eu tô tomando remédio e tá controlado. Eu sou um cara que passa a semana toda em casa. Não saio. Só fumo dia de sexta-feira. Que é o dia que tomo meu whiskyzinho, minha caninha. Mas eu faço caminhada de manhã e de tarde e tá tudo bem, graças a Deus. Deus tem sido muito bom comigo.
 
 
Você torce mesmo ferroviário ou é pra não dizer que torce Ceará ou Fortaleza?
Essa pergunta... Só vindo de você, Kempes. Na realidade, eu nunca fui torcedor mesmo. Vou lhe explicar. Primeiro jogo que fui na minha vida foi do Fortaleza contra o Nacional de Manaus. Inclusive, eu tenho a súmula dessa partida lá em casa. O Alfredo Sampaio me deu de presente uma cópia. Foi 9 a 2 para o Fortaleza. Eu fui pra esse jogo com meu pai, que era Fortaleza. Mas sem ir a Estádio, porque meu pai era juiz de direito e vivia nos interiores, só depois que veio para a Capital. Fiquei por um tempo gostando do Fortaleza. Só que, veja como é besteira de criança, uma vez o Bangu veio jogar aqui e eu achei lindo os meões do Bangu e aquilo me encantou por um bom período. Pra você ver. Aí, passou o tempo, e eu me apaixonei pelo Ceará Sporting Club. Ah, o Ceará do meu goleiro Aluisio Linhares. Só que quando chegou o América de 1966 com aquele timão. Eu mudei para o América. Era torcedor do América. Mas sem grande entusiasmo. Voltou o Maguary. Fui torcer para o Maguary. De verdade, eu sempre gostei do futebol cearense. Ninguém gosta mais de ser cearense como eu. Eu dou valor, ó. E o Ferroviário veio eu já praticamente com barba na cara. Conheci uma corriola espetacular que dirigia o clube. Ruy Ceará, Caetano Paiva, o Jumbo e vários outros. Aí, comecei acompanhar e torcer pelo Ferroviário. Hoje eu torço, mas não sou entusiasmado. Com sinceridade, gosto do futebol cearense, que merecia estar num lugar melhor. Adoro o futebol daqui, acho paidegua.
 
Você fica no ar até quando?
Eu não quero dia marcado. Eu quero chegar um dia, acordar e dizer: é hoje. Mas eu não tenho planos. Mas de uma coisa é certa. Tá chegando a hora. Tem de dar a vaga pros mais jovens. O Gomes Farias é que diz né? Quando tá narrando: O tempo passou! Pois é, acho que tá na hora de ir cuidar das galinhas pé duro.
 
Mas continua no Rádio?
Eu gosto do Rádio. Adoro aquele imediatismo do Rádio. Você tá apresentando um programa e recebe um telefonema, a pessoa fala com você, diz o que tá acontecendo. Se eu parar na TV, eu acho que continuo no Rádio. Acho muito paidegua.
Pra fechar: um “bate-pronto’ pra você dizer suas preferências:
 
Carro? Maverick
Jogador de futebol? Zé Eduardo, mas meu ídolo foi o goleiro Aloísio Linhares.
Político? Juscelino Kubitschek
Ator? São tantos bons atores no Brasil. Inclusive tem muito político ator. Mas eu fico com Chico Anysio.
Atriz? Todo mundo diz Fernanda Montenegro. Mas aqui no Ceará tem tantas: Dora Barros, Carla Peixoto... Mas ator e atriz maior é o povo brasileiro que tem que viver com esse salário.
Bebida? Cachaça ou Wisky
Comida? Galinha cabidela ou carne de bode
Filme? É antigo. Filme lindíssimo. “O Hino de uma Consciência”. Nunca encontrei em fita de vídeo. E no lado do cowboy eu fico com o “Duelo de Titãs” com Kirk Douglas e Antony Quinn.
Livro? O Advogado do Diabo e Róbson Crusoé
Novela? Roque Santeiro.
Apresentador (a) de TV? A dupla Cid Moreira e Sérgio Chapelin pra mim é inigualável.
Repórter? Francisco José e Nelson Faheina
Lugar inesquecível? Fernando de Noronha
Lugar pra conhecer? O céu
segunda-feira, 7 de outubro de 2013

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